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Frio afeta colheita e alimentos ficam mais caros em MS

Com a chegada do inverno, a mesa do três-lagoense tem sentido o impacto da mudança de estação

No boletim de preços da primeira semana de julho, o mamão Havaí registrou a maior elevação, com a caixa de 10 kg passando de R$ 90 para R$ 100, um aumento de 11,11%. Foto: Reprodução/TVC HD.
No boletim de preços da primeira semana de julho, o mamão Havaí registrou a maior elevação, com a caixa de 10 kg passando de R$ 90 para R$ 100, um aumento de 11,11%. Foto: Reprodução/TVC HD.

Com a chegada do inverno, a mesa do três-lagoense tem sentido o impacto da mudança de estação. Um relatório das Centrais de Abastecimento de Mato Grosso do Sul aponta alterações nos valores de frutas e legumes, com alguns produtos ficando mais caros e outros, em menor número, apresentando queda.

A dona de casa Laura Faustino, expressa a dificuldade nas compras.

“Principalmente a maçã, banana, eu tenho reparado, uva. São as frutas que a gente mais come em casa. É o que eu tenho reparado”, conta Faustino, que notou o aumento há cerca de dois meses.

A operadora de máquinas Franciellen Santos afirmou que está difícil fazer compras.

“Tá muito cara as coisas, tá até as frutas, tomate principalmente tá difícil para comprar”, pontuou Santos.

No boletim de preços da primeira semana de julho, o mamão Havaí registrou a maior elevação, com a caixa de 10 kg passando de R$ 90 para R$ 100, um aumento de 11,11%. O melão espanhol teve o segundo maior aumento percentual, de 10%, saindo de R$ 50 para R$ 55 a caixa de 13 kg. A banana nanica ficou 6,67% mais cara, o tomate longa vida teve um reajuste de 7,69%, e o pepino comum subiu 6,67%.

Na contramão desses aumentos, alguns produtos registraram redução de preço. É o caso da cenoura, que teve uma queda de 10%, com a caixa de 20 kg caindo de R$ 50 para R$ 45. O pimentão verde reduziu 8,33% no valor de comercialização, e a melancia ficou 6,67% mais barata.

O gerente de uma rede de supermercados, Almir Lopes, explica que a variação é natural.

“Teve aumento, mas é devido ao frio. Começou o frio, alguns produtos alteraram preço, uns abaixaram, outros aumentaram”.

O economista Eduardo Matos, esclarece que as mudanças nos valores são reflexo da sazonalidade.

“Os produtos provenientes da terra sofrem com sazonalidades. Isso é oscilações em sua produção e, principalmente, em seus preços ao longo do ano. Isso se dá principalmente por conta das mudanças de estação”, explica Matos.

Ele observa que produtos que prosperam em temperaturas mais elevadas tendem a ficar mais caros no inverno, sendo provenientes de regiões como Sudeste e Nordeste. Já aqueles que têm sua origem em regiões mais frias, como o Sul, tendem a ter preços mais acessíveis nesta época.

Para economizar, o especialista recomenda dar preferência aos legumes e frutas que estão mais em conta ou procurar por produtores que ofereçam valores mais acessíveis.