Veículos de Comunicação

Ranking

Três Lagoas preserva rebanho e assume liderança na produção de mel em MS

Mesmo com a perda de relevância no ranking nacional de bovinos, Três Lagoas ainda preserva um dos maiores efetivos do Estado

Município diversifica suas atividades com novas cadeias produtivas - Foto: Reprodução/TVC HD.
Município diversifica suas atividades com novas cadeias produtivas - Foto: Reprodução/TVC HD.

Três Lagoas encerrou 2024 com 499.701 cabeças de gado bovino, número praticamente estável em relação ao ano anterior, quando o município tinha 499.017 animais. Apesar da estabilidade no rebanho, a cidade registrou um avanço expressivo em outra frente, a produção de mel. Pela primeira vez, Três Lagoas assumiu a liderança estadual, com 133,6 mil quilos, crescimento de 57,2% em comparação a 2023.

No início dos anos 2000, Três Lagoas chegou a ser um dos maiores polos de pecuária de corte do país, com 957 mil cabeças em 2004. Desde então, o rebanho caiu pela metade, principalmente em razão da expansão da silvicultura e da instalação de grandes indústrias de papel e celulose na região. Essa mudança no uso da terra alterou de forma significativa o perfil produtivo do município.

Mesmo com a perda de relevância no ranking nacional de bovinos, Três Lagoas ainda preserva um dos maiores efetivos do Estado. Os destaques em Mato Grosso do Sul, segundo a PPM 2024, continuam sendo Corumbá, com 2,1 milhões de cabeças e o segundo maior rebanho bovino do país, seguido de Aquidauana (872,9 mil cabeças) e Ribas do Rio Pardo (819,9 mil). Porto Murtinho também aparece entre os 25 maiores do Brasil.

MEL
Porém, o protagonismo de 2024 veio da apicultura. Três Lagoas superou Brasilândia, até então líder, e passou a ocupar a primeira posição estadual na produção de mel. Enquanto Brasilândia ficou com 101,1 mil quilos, outros municípios também ganharam relevância, como Jardim (41,5 mil), Selvíria (38,2 mil) e Chapadão do Sul (35,8 mil)
Além do rebanho bovino e da produção de mel, outros rebanhos também registraram oscilações.

Os equinos recuaram de 8.239 para 6.673 cabeças; os ovinos caíram de 7.531 para 6.100; e os caprinos de 1.044 para 846. Já os galináceos tiveram leve crescimento, passando de 25,6 mil para 26,1 mil cabeças, com aumento também no número de galinhas (de 4.614 para 5.302).

Os dados reforçam o processo de transformação econômica do município. Se no passado a pecuária era a marca de Três Lagoas, hoje a cidade diversifica suas atividades no campo e encontra novas oportunidades em cadeias produtivas como a do mel, setor que deve ganhar ainda mais relevância nos próximos anos.