
A Black Friday de 2025 deve injetar R$ 354 milhões no comércio de Mato Grosso do Sul, segundo pesquisa realizada pelo Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento da Fecomércio MS (IPF/MS) em parceria com o Sebrae MS, em Bonito, Campo Grande, Coxim, Corumbá/Ladário, Dourados, Ponta Porã e Três Lagoas.
O valor representa uma queda de 18% em relação ao ano passado e revela um consumidor mais cauteloso diante do cenário econômico.
A economista do IPF/MS, Ludmila Velozo, explica que, mesmo com retração, a data segue sendo uma das mais relevantes para o varejo. “A Black Friday continua sendo um momento importante para o comércio, especialmente pelo tráfego digital e pelo planejamento do consumidor. Em 2025, vemos um comportamento mais racional, com comparação de preços, priorização de necessidades e busca por descontos realmente vantajosos”, analisa.
Em Três Lagoas, a expectativa também é positiva. O presidente do Sindicato do Comércio Varejista, Sueide Silva Torres, afirma que o setor espera recuperar perdas registradas ao longo do segundo semestre. “Nós temos a Black Friday agora no final de novembro e esperamos vender o suficiente para compensar essa pequena recessão que enfrentamos nos últimos meses”, destacou.
A pesquisa aponta que 52% dos sul-mato-grossenses pretendem comprar, enquanto 48% não devem participar da data. Entre os que vão consumir, o ambiente digital domina: 78% devem comprar on-line, contra 23% em lojas físicas.
Entre os que preferem lojas presenciais, o centro aparece como destino principal (43%), seguido pelos shoppings (27%), galerias (13%) e bairros (12%).
O gasto médio previsto é de R$ 454,73, com maior concentração entre consumidores que pretendem investir de R$ 300 a R$ 400 (21%) e de R$ 200 a R$ 300 (20%).
O perfil dos entrevistados mostra predominância de trabalhadores com carteira assinada (51%), seguidos por empresários (16%), autônomos (14%) e funcionários públicos (12%).
Os itens mais procurados na Black Friday 2025 são produtos para o trabalho (21%). Em seguida aparecem notebooks e computadores (20%). Móveis, eletrodomésticos e eletrônicos somam 19% das intenções, enquanto tablets e celulares correspondem a 14%. Outros 10% ainda não definiram o que pretendem adquirir.
Entre os que não pretendem participar da Black Friday, 53% afirmam não confiar nos descontos. Outros motivos incluem incerteza econômica (20%), receio de gastar no momento (10%) e falta de dinheiro (18%).
A pesquisa entrevistou 1.982 consumidores entre os dias 3 e 8 de novembro, nos municípios de Bonito, Campo Grande, Coxim, Corumbá/Ladário, Dourados, Ponta Porã e Três Lagoas. A margem de erro varia entre 5% e 6%, com intervalo de confiança de 95%.