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Volume de chuva no mês de dezembro em Três Lagoas é de 258 mm e supera média em 130%

Os últimos dias da primavera têm sido marcados por chuvas intensas em toda a Costa Leste de Mato Grosso do Sul

A meteorologia aponta que os grandes volumes de chuva devem continuar pelo menos até a próxima semana, com acumulados que podem ultrapassar 40 a 50 milímetros em alguns períodos. Foto: Reprodução/TVC HD.
A meteorologia aponta que os grandes volumes de chuva devem continuar pelo menos até a próxima semana, com acumulados que podem ultrapassar 40 a 50 milímetros em alguns períodos. Foto: Reprodução/TVC HD.

Os últimos dias da primavera têm sido marcados por chuvas intensas em Três Lagoas e em toda a Costa Leste de Mato Grosso do Sul, cenário que deve se manter até o início do verão. De acordo com dados do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), até o dia 15 de dezembro já foram registrados 258 milímetros de chuva no município, volume que representa 130% acima da média esperada para o mês.

Segundo o meteorologista Natálio Abrahão, o grande volume de precipitação está relacionado à passagem de um ciclone extratropical, que atua entre o Sul do Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai, influenciando diretamente o clima em Mato Grosso do Sul. Somente no último fim de semana, algumas regiões da Costa Leste registraram acumulados próximos de 100 milímetros.

A previsão indica que as chuvas devem continuar de forma quase diária, com pancadas intensas no fim da tarde, acompanhadas de rajadas de vento, descargas elétricas e risco de alagamentos, principalmente em áreas urbanas.

Apesar da instabilidade, as temperaturas seguem elevadas, com médias acima dos 30 °C, condição que aumenta a sensação de abafamento e o risco de temporais mais severos, fenômeno intensificado pela atuação do La Niña.

Com o aumento do volume de água nas lagoas da cidade, o Corpo de Bombeiros reforça os alertas à população, especialmente quanto ao risco de afogamentos. O tenente Reinaldo Cândido, do Corpo de Bombeiros de Três Lagoas, chama atenção para a Segunda Lagoa, onde o banho é proibido.

“A própria lagoa funciona como contenção e recebeu um volume muito grande de água. Reforçamos que aqui não é lugar para nadar ou pescar. Já tivemos casos de afogamento no passado, e com o calor intenso, muitas pessoas acabam se arriscando”, alertou o tenente.

Ele destaca ainda que, para quem busca lazer, o local adequado é o Balneário Municipal, que conta com estrutura e monitoramento.

Outro ponto de atenção são as descargas elétricas, que têm ocorrido com frequência nos últimos dias. Mato Grosso do Sul está entre os estados com maior incidência de raios no país, o que exige cuidados redobrados.

“Quando há chuva com muitos raios, o ideal é se abrigar dentro de casa e evitar permanecer em áreas abertas. Mesmo com sistemas de proteção em prédios e empresas, muitas regiões não contam com essa estrutura, o que aumenta o risco”, explicou o tenente Cândido.

A orientação é evitar o uso de equipamentos elétricos durante as tempestades, não se abrigar sob árvores e buscar locais seguros até o fim das chuvas.

A meteorologia aponta que os grandes volumes de chuva devem continuar pelo menos até a próxima semana, com acumulados que podem ultrapassar 40 a 50 milímetros em alguns períodos. A Defesa Civil e os órgãos de segurança seguem em alerta, monitorando as áreas mais vulneráveis da cidade.

A recomendação é que a população fique atenta aos avisos meteorológicos, evite áreas alagadas e redobre os cuidados durante as tempestades.