Foi lançada ontem, quarta-feira de Cinzas, a Campanha da Fraternidade 2013. Neste ano, o tema será “Fraternidade e Juventude”, sob o lema “Eis-me aqui, envia-me!”. O objetivo principal da campanha deste ano é acolher os jovens no contexto de mudança de época, propiciando caminhos para seu protagonismo no segmento de Jesus Cristo, na vivência eclesiástica e na construção de uma sociedade fraterna, fundamentada na cultura da vida, justiça e paz.
Segundo o bispo da Diocese de Três Lagoas, Dom José Moreira Bastos Neto, a Campanha da Fraternidade deste ano aborda o mesmo tema utilizado na edição de 1992. Além de abordar e discutir a necessidade de evangelização dos jovens, a campanha deste ano vai ao encontro da Jornada Mundial da Juventude (JMJ), que acontece em julho, no Rio de Janeiro, com a presença do papa.
Para Dom José Moreira, o tema é de extrema importância, uma vez que muitos jovens estão envolvidos com as drogas. “A Campanha da Fraternidade insere-se na Quaresma, porque é um tempo de se voltar para si mesmo, para reflexão sobre o que Deus quer de cada um e para sermos solidários com alguém. Neste ano, a expectativa é de que nós todos, católicos, sejamos solidários com a juventude. Sabemos que os jovens estão se perdendo nas drogas, no trânsito e muitos ainda acabam envolvidos em brigas”, destacou.
De acordo com o bispo, a juventude é um tema muito extenso e a ideia é de que, através dos jovens da igreja católica, outros, os quais não tiveram a mesma chance de aprender, seja na família ou na religião, aprendam os valores cristãos e morais. “Além de eles lutarem pelo respeito, já que muitos são desrespeitados pela sociedade, se são pobres, negros e favelados vão pagar ainda mais caro, seja pela discriminação ou por outras coisas”, observou.
O bispo esclareceu que a Campanha da Fraternidade encerra-se oficialmente no Domingo de Ramos, dia 24 de março, mas nas pastorais é um assunto que continuará sendo abordado até julho, na Jornada Mundial. Em Três Lagoas, ele disse que não haverá nenhuma programação especial, mas ficou definido que cada paróquia irá fazer um aprofundamento com os jovens sobre o tema. “Agora, na semana que antecede a Jornada Mundial, cada paróquia fará um trabalho mais intenso com a juventude, com visitas nas casas, por exemplo”, informou.
QUARESMA
Quanto ao início da Quaresma, Dom José Moreira explicou que esse é um período dedicado à reflexão, às penitências e em recordar a lição que Jesus nos deixou: ficar 40 dias jejuando no deserto, em oração. “É um período para renunciar ao que eu faço para o que Jesus quer de mim. O que a igreja pede da gente é isso também, oração e jejum, não como Jesus, mas para renunciar alguma coisa. Pode ser o jejum da bebida, não tomar o refrigerante, ou não comer um doce durante 40 dias. Cada um faz uma renúncia ou jejum, e como é um tempo de penitência a gente chega à Semana Santa com um propósito para a igreja católica: a confissão”, explicou.
Para o bispo da Diocese de Três Lagoas, houve uma diminuição no número de pessoas que praticavam essa penitência, mas ainda existem muitos católicos que seguem essa proposta de renúncia.
