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Três Lagoas

Ministério do Trabalho prorroga prazo de inspeção na Eldorado Brasil

A inspeção era um dos principais motivos para a realização da parada anual obrigatória para as indústrias, segundo a Eldorado

O Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) ampliou de 12 para 15 meses o período de inspeção da caldeira de recuperação na Eldorado Brasil, fábrica de celulose de Três Lagoas. De acordo com a empresa, a inspeção era um dos principais motivos para a realização da parada anual obrigatória para as indústrias.

Através de nota à imprensa, a Eldorado informou que o incremento de um trimestre no intervalo para a realização de uma parada geral significa ganho de produtividade, uma vez que a cada quatro anos, a empresa terá um sem a suspensão das atividades.

“A caldeira de recuperação da Eldorado é uma das maiores e mais modernas do mundo. Certamente sua performance de produção é um fator decisivo para a conquista da autorização”, explica o diretor Industrial da companhia, Carlos Monteiro.

O pedido de prorrogação partiu da indústria e a iniciativa de estender o prazo entre uma inspeção e outra foi homologada pelo governo federal neste mês. Segundo a Eldorado, a decisão permitirá que a companhia programe a próxima parada geral, inicialmente organizada para fevereiro para maio.

 “A decisão do MTE só tende a beneficiar as empresas do setor com esta deliberação, possibilitando um incremento de produção sem risco para as pessoas e para os ativos”, completa Carlos Monteiro.

PARADA GERAL

Na indústria, a caldeira é responsável por recuperar os produtos químicos utilizados na produção de celulose e gerar energia (através do vapor). A Eldorado Brasil possui uma das maiores caldeiras deste tipo do mundo, com uma fornalha de 293 m² e tem capacidade para queimar 6,8 mil toneladas de resíduos sólidos secos por dia, gerando 1,2 mil toneladas de vapor por hora.

A Parada Geral visa a segurança no processo de produção. Trata-se do período em que especialistas fazem a limpeza, ajustes preventivos e de manutenção.   Além da caldeira, outros equipamentos da fábrica, que não podem ser melhorados enquanto estão em operação, recebem estes cuidados.

Neste ano, essa ação foi realizada entre 26 de janeiro e 4 de fevereiro. Ao todo, 1,5 mil técnicos, além dos especialistas que operam na fábrica, foram mobilizados para a parada geral.