
Criado a partir do desmembramento do velho Mato Grosso, o Estado é uma das unidades da federação que registram os maiores índices de crescimento econômico e desenvolvimento social, com indicadores que mostram grandes avanços. Os índices de desenvolvimento social, expansão econômica e preservação ambiental colocam Mato Grosso do Sul muito próximo do que foi idealizado há quase quatro décadas, transformar essa porção do antigo Mato Grosso no “eldorado brasileiro”.
A expansão econômica, fortalecida pelo processo de industrialização que se afirmou na região Leste, permitiu ao Estado, através de Três Lagoas, se projetar no mercado de celulose e papel e na indústria de transformação, processo que leva, na esteira, o desenvolvimento da base florestal, com reflexo direto na valorização fundiária, por meio da incorporação de áreas degradadas ao processo produtivo.
De acordo com o IBGE, na área social, Mato Grosso do Sul melhorou o IDH – Índice de Desenvolvimento Humano, que subiu de 0,712 para 0,769 na última década. O poder aquisitivo da população também apresentou grande salto, de rendimento médio de R$ 357 para R$ 1.268.
Segundo o IBGE, no ranking nacional, MS tem a quarta maior área territorial, a 6ª maior taxa de urbanização e a mesma taxa na alfabetização, população ocupada, proporção de pessoas economicamente ativas e o 8º maior rendimento médio. O Estado tem o 9º maior PIB per capita.
História
Criado em 1977 e implantado em 1979, Mato Grosso do Sul tem uma história marcada por movimentos políticos, sociais, econômicos e culturais.
Muito antes de sua afirmação como porção independente do gigante Mato Grosso, já nas primeiras décadas do século XX, a ligação com o estado de São Paulo pela antiga Estrada de Ferro Noroeste do Brasil (NOB) tornou as relações entre o Sul de Mato Grosso com Cuiabá cada vez menos relevantes no contexto da busca do desenvolvimento e dinamização da economia.
A conquista e a ocupação efetiva do Mato Grosso do Sul foi consequência da atividade pecuária e, posteriormente da agricultura, já que o processo de povoamento originado com as tarefas de extração vegetal, especialmente erva-mate, causou uma ocupação dispersa, mesmo assim atraíram brasileiros e paraguaios que criaram as cidades fronteiriças de Ponta Porã e Porto Murtinho.
Por outro lado, o prolongamento da antiga linha férrea noroeste do Brasil, no começo do século XX, constituiu um dos elementos que impulsionaram o desenvolvimento demográfico e da economia do estado, até então praticamente subordinado às vias fluviais. Na realidade, as vias férreas revitalizaram povoados como Campo Grande e Aquidauana, além de benéfico para Corumbá, fundada no século XVIII, tendo sido o porto brasileiro mais importante no rio Paraguai.