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Três Lagoas

Obras do contorno ferroviário não ficarão prontas neste ano

Empreendimento aguarda os trilhos e demais componentes

Obra está à espera dos trilhos e dormentes -
Obra está à espera dos trilhos e dormentes -

 A tão esperada obra do contorno ferroviário que possibilitará a tão sonhada retirada dos trilhos do perímetro urbano de Três Lagoas deve ficar pronta apenas em 2012. A obra era para ter sido concluída em novembro do ano passado, depois foi adiada para o último mês de abril. Entretanto, após alguns empecilhos, agora há mais um: a falta dos trilhos e demais acessórios para a composição do contorno ferroviário.

As obras foram iniciadas em 2010, entretanto, o Departamento Nacional de Infraestrutura e Transporte (DNIT) não abriu licitação para a compra dos trilhos. Por esse motivo, já que as obras estavam em estágio avançado, foi solicitada a transferência dos trilhos que seria utilizado em uma obra em Joinville, Santa Catarina, para o contorno de Três Lagoas. A obra daquele município levaria mais tempo para utilizar o material, contudo, segundo informou Marcos Ramos da CMT Engenharia, empresa responsável pelo contorno ferroviário de Três Lagoas, a Procuradoria do DNIT não autorizou essa transferência.

As obras do contorno ferroviário estão paralisadas desde abril. Ramos informou que a paralisação não é culpa da empresa, e que a CMT já realizou todo o serviço que estava previsto antes da colocação dos trilhos e demais acessórios. Marcos Ramos disse que a empresa necessita do material para, primeiro, realizar o desvio ferroviário e, depois, implantar a colocação dos dormentes e trilhos na obra do contorno ferroviário. De acordo com o representante da CMT Engenharia, o DNIT deveria ter licitado a compra dos trilhos antes de autorizar o início dos serviços.

Segundo Ramos, a empresa teve que desmobilizar a equipe de funcionários em Três Lagoas, já que não tem mais o que fazer até aguardar a chegada do material. “Estamos aguardando o reinício das obras que, por enquanto, estão paralisadas”. Conforme prevê o contrato, após o reinício dos trabalhos, a empresa tem seis meses para concluir a obra, a qual, segundo ele, só ficará pronta no ano que vem.

Marcos Ramos disse que não sabe da previsão para a entrega dos trilhos, já que o convênio da obra foi assinado entre Agesul e DNIT. “A CMT apenas executa os serviços”. O Jornal do Povo entrou em contato com o órgão em Campo Grande para saber do andamento do processo para a aquisição dos materiais, mas foi informado de que deveria entrar em contato com o DNIT, em Brasília, o qual, por sua vez, também não soube informar o andamento do processo. A assessoria do órgão também não respondeu aos e-mails enviados pelo JP. A reportagem tentou falar com a vice-governadora Simone Tebet e com o deputado federal Edson Giroto (PMDB), mas nenhum deles atendeu às ligações.

O contorno ferroviário terá extensão de 12,4 quilômetros. Já foram gastos mais de R$ 19 milhões na execução dos serviços. A obra foi orçada em R$ 47 milhões e é de extrema importância, já que, após a sua conclusão, deverá modificar o traçado urbanístico da região central da cidade. Isso facilitará a interligação com outros bairros, além de garantir o fluxo do trânsito de veículos, que está estrangulado nas passagens de trens na avenida Rosário Congro e Filinto Müller.