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Três Lagoas

Pacientes esperam mais de cinco horas por atendimento

Essa espera por uma consulta médica tem deixado as pessoas revoltadas

Na manhã de ontem (11) cerca de 100 pessoas esperavam por atendimento -
Na manhã de ontem (11) cerca de 100 pessoas esperavam por atendimento -

O movimento de pacientes no posto de Pronto Atendimento (PA), também conhecido como “Postão”, vem aumentando a cada dia. Ao mesmo tempo, os problemas de espera por atendimento médico também se agravam, principalmente, nos dias de semana e nas primeiras horas do período noturno.
Pacientes chegam a esperar mais de cinco horas. Essa espera por uma consulta médica tem deixado as pessoas revoltadas e inconformadas, como aconteceu na manhã de ontem (11).
A coordenadora do PA, Odilza Soares de Araújo, admite que é por demais longo o tempo de espera explicou que essa situação vem se agravando por falta de médicos plantonistas e por causa das dificuldades que a Secretaria Municipal de Saúde vem tendo com a contratação de novos médicos. Na manhã de ontem, um único médico fazia plantão e cerca de 100 pessoas aguardavam por atendimento.
“Passo o dia ligando para os médicos, procurando alguém que possa fazer plantão, mas todos se negam a trabalhar no PA”, confessou. Por outro lado, segundo explicou Odilza, parte da demora que existe hoje no atendimento do PA se deve à própria população que deixa de ir à Unidades Básica de Saúde (UBS), os postos dos bairros, e se dirige diretamente ao PA, em todas as situações.
“Estamos aqui para atender casos de emergência, mas as pessoas não entendem isso. Todos querem ser atendidos, porque alegam que na UBS do bairro onde eles moram também não tem médico”, explicou.
Nas UBS, o médico atende a um número restrito de consultas, pré-agendadas e “aqui as pessoas sabem que, mesmo esperando horas e horas, elas serão atendidas”, comentou. “Tem gente que vem aqui só para ser consultado e pegar a receita e remédios”, completou.
Segundo ela, houve e continuam existindo casos em que “as pessoas chegam a fingir situações de emergência” e, na verdade, por vezes, são problemas crônicos que deveria ser cuidados pela Estratégia de Saúde da Família (ESF) ou na UBS.
“Quando fazemos a triagem, damos preferência aos casos que necessitam de atendimento de urgência”, assegurou Odilza. “Temos falta de médicos plantonistas, mas se chegarmos a ter cinco ou mais, os problemas irão continuar, se a população continuar buscando o PA sem necessidade”, observou.
“Se algo não for feito, isto aqui está se tornando uma panela de pressão, prestes a explodir”, alertou. Ela se referiu aos médicos, que se negam a trabalhar no PA, e à equipe de funcionários que se sentem “desrespeitados e estressados, porque nada podem fazer para mudar o que está ocorrendo”, comentou.
“Por enquanto, estamos tendo apenas agressões verbais, que parte de pessoas que não compreendem o que está acontecendo. O receio de toda a equipe é que as pessoas partam também para as agressões físicas, a exemplo do que vem ocorrendo em outras localidades”, alertou.

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