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Três Lagoas

Plano de gerenciamento de resíduos aguarda aprovação

Projeto da Secretaria de Meio Ambiente está há dez meses parado no Legislativo Municipal

Restos de materiais da construção serão destinados ao local -
Restos de materiais da construção serão destinados ao local -

O projeto de Lei que visa à criação do Sistema de Gestão Sustentável de Resíduos da Construção Civil, Resíduos Volumosos e o Plano Integrado de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil, não foi aprovado pelos vereadores. A proposta foi encaminhada pelo Executivo em maio do ano passado, mas segundo o secretário do Meio Ambiente, Mateus Arantes, ainda não foi votada pelo Legislativo.

Conforme o presidente da Câmara, Jurandir da Cunha Viana, o Nuna (PMDB), o atraso ocorreu porque os vereadores decidiram que primeiro iriam se reunir com os proprietários de caçambas, já que eles estariam questionando o valor que teriam que pagar para depositar os restos de materiais no local. Nuna adiantou que pretende se reunir com os empresários na próxima semana para discutir o assunto.

O projeto requer, entretanto, agilidade. O secretário de Meio Ambiente informou que até agosto todos os municípios com mais de 100 mil habitantes terão que ter aprovado esse plano de gerenciamento, conforme prevê a Lei Federal nº12. 305, de 2 de agosto de 2010, que instituí a Política Nacional de Resíduos Sólidos.

NECESSIDADE
De acordo com Arantes, esse plano é de extrema importância para o município. Ele define como deve ser feita a destinação correta de todo o resíduo produzido na cidade. “O projeto diz como deve ser gerenciado o resíduo da construção civil, o domiciliar, o industrial, o reciclável, os volumosos, assim como galhadas”, destacou. Além do mais, é o primeiro passo para a implantação da coleta seletiva. “O plano de gerenciamento determina regras quanto ao modo como pode ser feita a coleta seletiva. Com a aprovação do projeto, a entrada ou saída de um prefeito não irá interferir no sistema de coleta seletiva”, observou. 

O secretário alertou que os municípios que não tiverem esse plano de gerenciamento aprovado podem ter problemas para conseguir recursos federais. O local (buracão da Vila Piloto, que dá acesso ao Jupiá) que irá receber os resíduos da construção civil, entre outros volumosos, como galhadas, conseguiu o licenciamento ambiental para funcionar. No entanto, por falta de aprovação do projeto, ainda não pôde entrar em operação.

O buracão tinha sido interditado pela Promotoria do Meio Ambiente e pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama). A própria Secretaria do Meio Ambiente havia proibido o depósito de materiais no local, até que toda a documentação fosse aprovada. Foi proibida também a permanência de catadores de materiais recicláveis dentro da área. “Estamos aguardando a aprovação do projeto para definirmos como será feita a triagem e disposição desses resíduos no local, e se haverá a possibilidade de que cooperativas trabalhem dentro da área”, comentou.

Arantes adiantou que será cobrado um valor das empresas que levarem os resíduos para o “buracão”. “A Prefeitura terá um custo para manter o local, por isso a necessidade da cobrança”, ressaltou.