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Três Lagoas

Por dia, mais de três mulheres são vítimas da violência doméstica

Por mês a cidade registra em média 110 casos de violência contra a mulher

A Delegacia de Atendimento à Mulher, divulgou , ontem, um dia antes da celebração do Dia Internacional da Mulher, dados sobre a violência contra mulheres em Três Lagoas nestes dois primeiros meses de 2015. Em média, por dia, mais de três mulheres foram  agredidas na cidade.

Somente no mês de janeiro, foram registrados 133 boletins de ocorrência e em fevereiro, o número caiu para 88 casos.

Na maioria dos casos registrados na cidade, a agressão ocorreu  dentro da própria residência, por alguém que a vítima tem relação de afeto.

Mulheres jovens predominam a estatística de vitimas de violência, em Três Lagoas. A faixa etária mais atingida é de 20 a 35 anos de idade.

Essa característica segue também grande parte dos casos contabilizados no país, cerca de 70% dos registros policiais no Brasil, são contra agressores conhecidos das vítimas e, a maioria,  dentro do lar.

Durante o carnaval registrou-se um aumento considerável no número de caso de violência, devido ao consumo exagerado de bebida alcoólica.  Segundo a delegada titular da Delegacia de Atendimento à Mulher, Letícia Móbis Alves, este ano o índice foi menor, durante os dias de carnaval, quando não houve muitos registros, se comparados aos anos anteriores. “Creio que a chuva tenha contribuído para a queda no número de ocorrências, felizmente”.

No ranking estadual da violência contra a mulher, Três Lagoas está em terceiro lugar. Para a delegada esse índice é normal, considerando-se que  o município também é o terceiro em população.

A delegada ao analisar a violência contra a mulher no cenário nacional, disse que mesmo registrando tantos casos, estamos passando por inovações nesse quesito. Recentemente foi aprovada a lei que torna o assassinato de mulheres crime hediondo, e a punição fica mais rigorosa. Tivemos também a inauguração da primeira unidade da casa da mulher do país, em Campo Grande, que abriga o  centro de assistência jurídica e médica para mulheres vítimas de violência.

De acordo com Letícia a violência é um problema de preconceito de gênero, é preciso que os homens deixem de ter a ideia que para solucionar as desavenças, é necessário o uso da violência.