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Três Lagoas

PRF espera novo pico de cargas superdimensionadas

Em 2008, a PRF auxiliou a passagem de 188 cargas; para este ano, 80 já estão previstas

A última carga excedente passou pela rodovia federal na última quinta-feira (7) -
A última carga excedente passou pela rodovia federal na última quinta-feira (7) -

A Polícia Rodoviária Federal (PRF) espera um novo pico de cargas excedentes para este ano. Segundo o inspetor Sylvio Costa Jardim Neto, chefe da Delegacia da PRF em Três Lagoas, o primeiro foi em 2008, por conta da construção do completo Fibria e International Paper.

Na época, a polícia chegou a registrar uma média de 188 cargas excedentes – aquelas em que há necessidade de interrupção da pista – no período de um ano. Em 2009, o índice se estabilizou. Foram 42 cargas passando pelo trecho que compreende da usina do Jupiá ao km 7 da BR-262 (perímetro urbano) de janeiro a dezembro do ano passado.

“Em 2008, fazíamos, no mínimo, uma interdição por semana. Às vezes, eram até três no período de uma semana. Já no ano passado, foram no máximo três ao mês”. Mas neste ano, o número de passagens deve ser igual ou superior a 2008.

Nesta semana, a PRF divulgou um comunicado alertando para o novo pico de interdições. A nota serviu para alertar a população sobre necessidade de novas interrupções. “Boa parte das cargas vem [do Porto de Santos] pela Marechal Rondon para abasteceu a demanda industrial da própria região de Três Lagoas”, explicou.

Apenas neste começo de ano, duas cargas excedentes passaram por Três Lagoas. A primeira delas aconteceu na última quinta-feira (7), quando uma peça seguiu para a Termoelétrica “Luiz Carlos Prestes”. Já a mais recente aconteceu por volta das 9 horas de ontem. Além disto, outras 80 cargas super dimensionadas já estão pré-agendadas e devem passar pela Usina Hidrelétrica “Engenheiro Souza Dias” e pelos km 0 a 12 da BR-262 nos próximos dias. “Estas são apenas as cargas de empresas já instaladas no Município. O número pode ser maior, levando em consideração as empresas que podem se instalar”.

O tempo médio para que uma carga de toneladas atravesse a usina e percorra o trecho da BR-262 – de responsabilidade da PRF – é de uma hora e meia, aproximadamente; período suficiente para um grande congestionamento.
A estimativa é que, por dia, circulem pelo trecho uma média de 10 a 14 mil veículos. O resultado da interrupção pode chegar a um congestionamento de mais de dois quilômetros – começando no antigo posto da PRF até a unidade II da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS).

Por conta disto, a passagem de uma carga excedente depende de todo um planejamento. “Precisamos organizar o efetivo, informar a imprensa e outras medidas. Dependendo da carga, a Cesp [Companhia Energética de São Paulo] precisa acionar uma equipe de engenheiros do controle de segurança”, lembrou. A equipe é chamada para acompanhar a passagem de cargas com mais de 100 toneladas.

PONTE

Na nota, a PRF reforçou a necessidade de construção da nova ponte sobre o rio Paraná. “Não se trata de questões políticas, mas de segurança. O número de veículos aumentou, pequenos e grandes, e temos as cargas excedentes. Com isto aumenta o número de acidentes. A situação é de emergência”.
O inspetor ressaltou que o perímetro urbano da BR-262, a PRF registra mais acidentes que em todo o perímetro da mesma rodovia na área rural (232 km até Água Clara).

Para tentar reduzir os congestionamentos, a PRF pretende agendar as interrupções para as quintas-feiras. As datas serão divulgadas com antecedência.