Para a promotora de Justiça da Infância e Adolescência, Ana Cristina Carneiro Dias, o número de crianças e adolescentes que vão parar na instituição de acolhimento e posteriormente para a adoção é grande no município. Isso, segundo ela, é reflexo da sociedade, a qual mostra que os pais não têm condições de cuidar dos filhos. “Muitos desses pais estão perdidos no mundo dos vícios, das drogas e não oferecem as mínimas condições de maternidade ou paternidade”, destacou a promotora.
Atualmente, 39 crianças e adolescentes de 0 a 14 anos estão no Abrigo Poço de Jacó de Três Lagoas. Somente neste ano, em torno de 10 foram para a adoção. Entretanto, a promotora discorda da declaração da vereadora Marisa Rocha (PSB), a qual alegou ter recebido muitas reclamações de famílias que estariam tendo seus filhos retirados pela Justiça para o abrigo e adoção. A parlamentar comentou ainda que as famílias teriam alegado injustiça e impossibilidade de defesa para manter as crianças agregadas ao lar.
“Não concordo com essa declaração. As crianças não são tiradas da família de maneira injusta. O Tribunal de Justiça do Estado e o Tribunal Superior têm concordado com as ações de Três Lagoas. Não admito isso, e posso mostrar o trabalho que é feito na área da infância do município”, ressaltou a promotora.
Confira a matéria completa na edição Nº 4.812, do dia 28 de outubro, do Jornal do Povo