A Polícia Civil investiga o assassinato de Agnilson Aparecido dos Santos, conhecido como “Bignilson”, 18 anos. O rapaz – a sétima vítima de homicídio apenas nestes dois primeiros meses – foi encontrado morto às 7h15 minutos de ontem, nos fundos de um açougue situado na avenida Antonio Trajano dos Santos, no bairro Santo André.
Segundo a Polícia Militar, o proprietário do açougue, de 46 anos, chegou ao estabelecimento comercial pela manhã e encontrou Bignilson caído na varanda dos fundos. Ele chamou um amigo de 36 anos, a Polícia Militar (PM) e o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU). A equipe médica constatou o óbito e os militares preservaram o local do crime até a chegada da Polícia Civil e dos peritos.
De acordo com o delegado Juvenal Laurentino Martins, que acompanhou o trabalho dos peritos no local, a princípio, o rapaz teria sido morto com, ao menos, três tiros: um no braço esquerdo e dois na região do tórax e abdômen. “O número exato de perfurações será apontado pelo laudo da necrópsia”, explicou.
Pelo estado que o corpo foi encontrado (bastante rígido), a polícia acredita que o rapaz tenha vindo a óbito entre o fim da noite de terça-feira, 23, e início da madrugada de ontem.
Até o fechamento desta edição, a Polícia Civil continuava sem pistas sobre a autoria do crime. Mas, pelos dados coletados no local, o delegado já pode descartar algumas hipóteses. Para Juvenal, os disparos que mataram Bignilson foram feitos na própria varanda, e sem que houvesse uma briga. “Está praticamente afastada a hipótese de que ele tenha caído no local depois de tentar fugir. Não encontramos manchas nos muros, nem rastros de sangue. Ao que tudo indica, os disparos ocorreram dentro da varanda e sem resistência por parte da vítima. Também não encontramos sinais que indicassem uma briga”, completou.
As evidências encontradas até o momento levam a Polícia Civil trabalhar com a hipótese de uso de drogas. “Tanto pode ser um desacerto pessoal, como pode ter ocorrido algum problema envolvendo drogas. Já que era conhecido que a vítima tinha alta dependência química”.
Juvenal completou dizendo que também não está descartada a possibilidade de que o autor do homicídio seja o mesmo que tentou matar Bignilson em dezembro do ano passado. “Em dezembro, a vítima já havia sido vítima de uma tentativa de homicídio. O que mostra que ele tinha inimigos”.
FAMÍLIA
Notícias Relacionadas
Na delegacia, a mãe de Agnilson pedia por Justiça. Suelly Aparecida dos Santos Freiras, 52 anos, e duas irmãs da vítima passaram boa parte da manhã aguardando por notícias sobre o que teria motivado a morte do filho.
Ainda abatida pela notícia, a mãe informou que não tinha idéia do que poderia ter ocorrido. “Tudo que sei, ouvi pelo rádio. Agora, espero que a polícia descubra alguma coisa e que a justiça seja feita. Ninguém tem o direito de tirar a vida de ninguém”.
Leia a matéria completa em nossa edição impressa
