Reeducandas do Estabelecimento Penal Feminino de Três Lagoas (EPFTL) concluíram nesta sexta-feira (18) a capacitação em costura industrial desenvolvida por meio de parceria entre a Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário (Agepen), a Prefeitura Municipal de Três Lagoas, o Serviço Nacional de Aprendizado Industrial (SENAI) e a empresa Sultam Confecções.
A capacitação teve início no mês passado e foi oferecida a 22 detentas. Durante oito horas diárias, as internas aprenderam a confeccionar roupas de cama, mesa e banho . Elas participaram também de um curso sobre técnicas interpessoais, de trabalho em grupo e de legislação trabalhista.
Agora, a Agepen o Conselho da Comunidade e a empresa estão formalizando um convênio para que as detentas qualificadas possam trabalhar dentro do presídio, em um galpão construído especificamente para o projeto. Pelo trabalho, elas serão remuneradas e receberão remição de pena – a cada três dias de serviços prestados, um será diminuído no total a ser cumprido.
Segundo o diretor-presidente da Agepen, Deusdete Oliveira, “a iniciativa é resultado de um esforço conjunto entre as instituições envolvidas, mostrando-se comprometidos com a sociedade, preocupados com a ressocialização das detentas e, por consequência, com a redução da reincidência criminal”.
A diretora do EPFTL, Marcela Dias Maio, destaca que “a capacitação profissional e a oportunidade de trabalho para as custodiadas ajuda a manter a rotina de disciplina no presídio, e, ainda, abre novas perspectivas, contribuindo, significativamente, para a reinserção social”. A realização de projetos como esse traz à tona a importância de oportunizar ações que trabalham a inclusão social do egresso e a responsabilidade social das instituições públicas e privadas.
De acordo com o empresário Mamede Jaruche, dono da empresa de confecções, a expectativa é que as reeducandas possam ser aproveitadas também quando progredirem de regime ou conquistarem a liberdade. “Aqui a dedicação ao trabalho será recompensada, as melhores colaboradoras – assim que deixarem o presídio – poderão fazer parte de nossa empresa”, acredita.