
O Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Papel e Celulose após meses de negociação sem sucesso com as empresas Fibria, Eldorado Brasil e International Paper deu entrada ao processo de dissídio coletivo e, neste momento, aguarda a convocação para as audiências que devem acontecer em Campo Grande.
De acordo com o representante do sindicato, Almir Morgão, as indústrias não deram alternativas a não ser o processo movido na justiça do trabalho. “As propostas apresentadas pelas três empresas foram rejeitadas por mais de 70% dos trabalhadores, e mesmo após a rejeição as indústrias não se propuseram a aumentar nada em relação ao ganho real. Com essa decisão nossa única alternativa foi entrar com o dissídio coletivo”, explicou.
Ainda para o presidente do sindicato, algumas empresas não estão sabendo lidar com os trâmites de negociação, realizando manobras ilícitas para anular a decisão dos trabalhadores. “Por meio da nossa diretoria, recebemos inúmeras denúncias de funcionários que estão sendo coagidos dentro de algumas empresas, sendo obrigados a assinar abaixo – assinado contra a assembleia que eles mesmos votaram contra. Mas, o processo está na justiça e não tem mais volta”.
NEGOCIAÇÃO
A negociação se estende há 4 meses e nenhum acordo foi acertado entre as empresas Fibria, Eldorado Brasil, International Paper e o Sindicato da categoria. Os trabalhadores pedem um reajuste de 8,33%, mas as indústrias aceitam pagar, apenas, 7%