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Três Lagoas

Três Lagoas ocupa a segunda posição em índice estadual da Firjan

Índice Firjan de Gestão Fiscal visa analisar eficiência da gestão pública no Brasil

Três Lagoas ficou na segunda posição entre os municípios de Mato Grosso do Sul com o melhor Índice Firjan de Gestão Fiscal (IFGF). O indicador, elaborado pela Federação Industrial do Rio de Janeiro (Firjan) e divulgado no começo desta semana, estudou todas as unidades federativas do Brasil. O objetivo, conforme a instituição, é avaliar a qualidade da gestão dos municípios brasileiros, por meio de pesquisa e rankings. O indicador é baseado nos dados de 2010.

Segundo o estudo, no índice geral do IFGF, Três Lagoas atingiu a média de 0,7971, ficando atrás apenas do município de Figueirão (primeira posição), com 0,8047 e a única de cidade sul-mato-grossense a permanecer na casa dos 100 municípios brasileiros com melhores indicadores. Três Lagoas ficou na 107ª posição no Ranking IFGF Nacional.

Ainda segundo dados da Firjan, na terceira posição estadual aparece o município de Costa Rica (com indice de 0,7919 e 117º no índice nacional); seguido de Campo Grande (índice 0,7617 e classificado em 215º no rankingnacional). Brasilândia ficou na quinta colocação estadual, com 0,7617 (264º lugar nacionalmente).

As cidades de Dourados e Corumbá ocuparam a oitava e a nona posição em Mato Grosso do Sul, com as pontuações 0,7293 e ,7283, respectivamente. No ranking nacional, Dourados ficou na 419ª posição e Corumbá na 423ª. Ponta Porã, que apresentou dificuldades no IFGF Gastos com Pessoal e no IFGF Custo da Dívida, ficou na posição 2.053 no ranking nacional.

No geral, a média de Mato Grosso do Sul foi de 0,6158, sendo o máximo 0,8047 e o mínimo 0,2645. Os municípios com os piores resultado s foram Bela Vista e Rio Negro, índices 0,3185 e 0,2645. Rio Negro ficou em 5021º lugar no ranking nacional.

Para o secretário municipal de Finanças, Walmir Arantes, o resultado do indicador do Firjan está relacionado ao trabalho da administração municipal iniciado ainda em 2005 – na gestão Simone Tebet, hoje vice-governadora – para liquidar as dívidas deixadas por administrações passadas. De acordo com ele, embora tenha havido uma pequena queda em relação aos anos anteriores, o resultado do índice é satisfatório. “Isto significa eficiência para arrecadar e eficácia para aplicar os recursos”, concluiu.

QUESITOS

O indicador da Firjan considera cinco quesitos: IFGF Receita Própria, referente à capacidade de arrecadação de cada município. Neste quesito, Três Lagoas ficou na quarta posição no Estado, com 0,7971. A média estadual foi de 0,3318.

No IFGF Gasto com Pessoal, que representa o gasto dos municípios com pagamento de pessoal, Três Lagoas ficou em 10º lugar, com 0,7132 (a média foi de 0,6141).

No quesito Liquidez, em que o Firjan mediu a relação entre o total de restos a pagar acumulado no ano e os ativos financeiros disponíveis para cobri-los, o município ficou na 15ª posição, com 0,7540. O resultado fez com que o município, no saldo total, alcançasse a segunda posição no ranking de Mato Grosso do Sul.

Já no IFGF Investimentos – que acompanha o total de investimentos em relação à receita líquida, foi o quesito em que Três Lagoas apresentou queda acentuada no ranking estadual, ficando na 19ª posição, com 0,7713 – a média estadual foi de 0,6789.

O último quesito analisado foi o Custo da Dívida, que avalia o comprometimento do orçamento com o pagamento de juros e amortizações de empréstimos contraídos em exercícios anteriores. Nele, Três Lagoas obteve o pior resultado, 0,7252 e a 67ª posição. Este foi o único quesito em que a cidade ficou abaixo da média estadual, 0,8126.

IFGF

A classificação dos municípios é feita por meio de uma soma de todos os quesitos. Segundo a Firjan, os quatro primeiros têm peso de 22,5% sobre o resultado final. O IFGF Custo da Dívida, por sua vez, tem peso de 10%, por conta do baixo grau de endividamento dos municípios brasileiros. O índice varia entre 0 e 1, quanto maior, melhor é a gestão fiscal do município. Cada cidade é classificada com conceitos A (Gestão de Excelência, acima de 0,8001 pontos), B (Boa Gestão, entre 0,6001 e 0,8), C (Gestão em Dificuldade, entre 0,4001 e 0,6) ou D (Gestão Crítica, inferiores a 0,4 pontos).

O IFGF foi elaborado com base nos resultados fiscais disponibilizados pela Secretaria do Tesouro Nacional (STN).