Tempo seco e imprudência. Esses ingredientes são apontados, como causadores da quantidade desenfreada de incêndios em Três Lagoas. Nesta sexta-feira (27), o Corpo de Bombeiros convocou todo o seu efetivo para conter seis focos de incêndio na cidade. A Secretaria Municipal de Meio Ambiente tem recebido, a cada oito dias, 20 ofícios desse tipo de ocorrência.
Em 90% dos casos, os locais das queimadas são terrenos baldios que, segundo o secretário de Meio Ambiente, Cristovam Lages Canela, pertencem a pessoas de alto poder aquisitivo. “Posso assegurar a toda a população que, a maioria dos lotes, são de quem tem relativa posse financeira e não conserva a propriedade. Esse pouco caso com o meio ambiente agrava o problema climático”, denuncia Canela.
Segundo o sargento do Corpo de Bombeiros, Luciano Torresan Gonzáles, tudo começa quando um dos vizinhos resolve por fogo no lixo. “O fogo não começa do nada. Com a longa estiagem, cada faísca é uma fonte de calor que, próxima a combustíveis, como madeira e folhas secas, logo incendeia o local”, afirma Gonzáles.
Notícias Relacionadas
Reunião
Jardel Pauber é eleito Secretário Executivo do Fesmad
Eleição foi feira durante reunião realizada na quinta-feira (8)
Decisão
Justiça nega, pela sexta vez, pedido da Paper Excellence para concluir aquisição da Eldorado
Decisão da 1ª Vara Federal de Três Lagoas reafirma liminares do TRF-4 que proíbem transferência por falta de autorização legal para empresa estrangeira assumir terras no Brasil
Com pouca logística – um veículo, dois funcionários e equipamentos básicos – a Secretaria Municipal de Meio Ambiente recebe os ofícios, investiga e encaminha ao Ministério Público Estadual (MPE) para providências. Entretanto, Canela alega que, dificilmente os culpados são identificados. “A negligência que abrange todos os setores da sociedade três-lagoense, tanto no apontamento dos culpados quanto em cuidados básicos, tem tomado grandes proporções. O efeito é o agravamento dos problemas com a estiagem”, diz o Secretário.
O MPE, após reunião com os dirigentes responsáveis pelo controle de incêndio em Três Lagoas, ficou responsável pela instauração dos inquéritos e investigação das causas e culpados.Porém a Polícia Militar Ambiental (PMA) continua autuando quando o incêndio ocorre dentro da reserva legal de uma fazenda. “Nossas autos compreendem multas mínimas de R$ 300, dependendo do caso”, informa o Capitão da PMA, Mauro Sérgio Fernandes.
