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Guga chora em julgamento de multa milionária

Gustavo Kuerten esteve presente no Conselho Admistrativo de Recusrsos Fiscais (Carf)

Guga chora em julgamento de multa milionária

Gustavo Kuerten esteve presente no Conselho Admistrativo de Recusrsos Fiscais (Carf) para o julgamento do recurso de uma multa milionária relacionada a pagamento de multas e impostos – o valor pode ultrapassar os R$ 5 milhões. De paletó, sem gravata, o atleta tomou o microfone para fazer sua defesa – um gesto atípico, geralmente feito apenas pelos advogados – apelou aos conselheiros e até chorou. O atleta, que ganhou o apelido de "labrador humano" por estar sempre sorrindo durante a Olimpíada, foi tietado pelos integrantes do conselho durante e após o julgamento.
Os integrantes do Carf quase pediam desculpas ao votar contra o tenista e aproveitaram para tirar fotos individuais e em conjunto ao final. O julgamento foi suspenso por um pedido de vista e será retomado em novembro. A relatora, Patrícia da Silva, chegou a votar a favor do recurso de Guga e duas conselheiras foram contra.

"O tenista vai estar sempre no nosso coração, nosso querido Guga que todo o Brasil conhece o trabalho. Mas independentemente disso estamos tratando de uma questão tributária, que não tem a ver com a emoção e temos que separar essas coisas", afirmou a conselheira Maria Helena Cotta Cardozo antes de dar voto contrário ao recurso do atleta.

"O que nós vamos julgar não é o Guga, estamos examinando uma questão de direito", ponderou a relatora. O julgamento de Guga deve servir como jurisprudência para recursos de outros atletas. Na ação, a Receita questiona o pagamento de Imposto de Renda sobre rendimentos com patrocínios e de torneios entre 1999 e 2002 por meio da empresa Guga Kuerten Participações.

A Receita entende que o rendimento é do próprio Guga, que deveria ser tributado como pessoa física. "Não há plausibilidade jurídica em defender a regularidade da constituição de empresa de prestação de serviço, detentora de um único ativo vinculado à imagem de um tenista profissional, quando a empresa centra-se unicamente na figura do tenista", afirma o fisco nos autos.