
Juliana Flávia, de 33 anos, e o esposo Rafael estiveram na Rádio Cultura FM de Aparecida do Taboado. Acompanhados da recém-nascida Maria Alice, de apenas 15 dias, eles participaram do programa RCN Notícias, onde Juliana fez um emocionado agradecimento à população e à emissora pelo apoio recebido durante a gestação.
Diagnosticada com trombofilia gestacional — condição grave que aumenta o risco de trombose para mãe e bebê — Juliana precisou utilizar diariamente um medicamento injetável durante toda a gravidez e continuará o tratamento por mais seis meses após o parto. Inicialmente, o Estado fornecia a medicação gratuitamente por meio do Município, mas o estoque acabou e não houve reposição. Mesmo após recorrer judicialmente, o pedido foi negado.

Diante da urgência, Juliana procurou a emissora quando estava grávida de seis meses para pedir ajuda. A resposta dos ouvintes foi imediata: doações garantiram o medicamento diário até o oitavo mês de gestação. Cada ampola custa R$ 80, e ela ainda precisava de 132 aplicações.
A ginecologista e obstetra Maria Thereza, responsável pelo acompanhamento da gestante, também se mobilizou. Sensibilizada, organizou uma campanha em sua cidade natal, Valparaíso (SP), conseguindo doações suficientes para assegurar o tratamento durante o último mês da gravidez.
O parto ocorreu em 27 de novembro e transcorreu sem complicações. Maria Alice nasceu saudável, para alívio da família, que enfrentou uma trajetória marcada por perdas. Antes da chegada da bebê, Juliana havia sofrido três abortos espontâneos e outros três natimortos.
Emocionada, ela relatou na entrevista que realizou o sonho de ter uma menina — já que é mãe de dois meninos — e agradeceu novamente a todos que contribuíram para tornar possível a chegada de Maria Alice com segurança.