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Aparecida do Taboado

Lei proíbe plantio e determina erradicação de planta exótica em Aparecida do Taboado

Secretário de Desenvolvimento, Dartagnan Ramos Queiroz, anuncia medidas para eliminar a Murta, planta que pode abrigar inseto transmissor de bactéria nociva à citricultura.

Murta deve ser eliminada para a preservação da citricultura (Foto: Ilustrativa)
Murta deve ser eliminada para a preservação da citricultura (Foto: Ilustrativa)

A Prefeitura de Aparecida do Taboado oficializou uma nova lei municipal que proíbe o plantio e determina a erradicação da Murta (Murraya paniculata), espécie ornamental exótica considerada uma ameaça direta à citricultura local. Apesar de já existir legislação estadual com a mesma finalidade, o município decidiu reforçar as ações de combate à planta, visando proteger um dos setores agrícolas que mais cresce na região.

Com mais de 3 mil hectares cultivados com laranja, ponkan e limão, a citricultura tem ganhado força em Aparecida do Taboado, destacando-se como atividade de alto valor econômico e potencial para geração de empregos e renda. Segundo o secretário municipal de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação, Dartagnan Ramos Queiroz, o município tem grande expectativa de expansão da produção nos próximos anos.

“Estamos adotando medidas preventivas para garantir a saúde dos pomares e o futuro da nossa citricultura. A erradicação da Murta é uma ação fundamental nesse processo”, afirmou o secretário ao RCN Notícias.

Ações já em andamento

A Prefeitura já deu início a uma força-tarefa com visitas a residências, chácaras e propriedades rurais, orientando a população sobre a importância da erradicação da planta. Além disso, a entrada de mudas de Murta no município, inclusive para fins ornamentais, está proibida.

Como alternativa, a Secretaria tem sugerido o uso de plantas ornamentais não prejudiciais à agricultura, como Pingo de Ouro, Hibisco, Cróton, Crúsia, Chuva de Prata e Podocarpo.

Por que a Murta representa risco?

A Murta é a planta preferida do inseto Diaphorina citri, vetor da bactéria Candidatus Liberibacter, causadora do greening — uma das doenças mais devastadoras para a citricultura. O greening compromete a produtividade dos pomares e ainda não tem cura, o que exige ações rígidas de prevenção.

O estado de São Paulo, maior produtor de citros do Brasil, já contabilizou grandes prejuízos econômicos por conta da doença. Com a nova legislação, Aparecida do Taboado busca se antecipar a esse cenário, atuando com responsabilidade e visão de longo prazo.

“Queremos proteger nossos produtores e garantir que Aparecida do Taboado seja referência na produção cítrica do Mato Grosso do Sul”, reforçou Dartagnan.

A expectativa da administração municipal é de que a iniciativa sirva de modelo para outros municípios, alinhando-se à legislação estadual e fortalecendo a defesa fitossanitária regional.

Assista a reportagem do RCN Notícias: