Servidoras municipais de Aparecida do Taboado, que atuam nos Centros Municipais de Educação Infantil (CMEIs) e escolas da rede pública, nos setores de merenda e limpeza, seguem aguardando uma resposta da Secretaria Municipal de Educação quanto à reivindicação pela revisão da nova jornada de trabalho.
Desde o início do ano letivo, a categoria tem manifestado insatisfação com a mudança imposta pela pasta: a ampliação do expediente para sete horas diárias, com intervalo para almoço. Segundo as profissionais, a medida gerou desequilíbrio na divisão das tarefas. Algumas servidoras relataram sobrecarga, enquanto outras têm rotinas menos exigentes no restante do turno.
A merendeira Adriana Menezes, em entrevista ao RCN Notícias da Rádio Cultura FM, explicou que o antigo modelo – com seis horas ininterruptas em dois turnos (das 6h às 12h e das 12h às 18h) – funcionava de forma mais equilibrada e eficiente nas unidades escolares. A categoria pede a revogação da medida e o retorno ao sistema anterior.
Apoio dos vereadores e cobrança na tribuna
Sensibilizados com a situação, vereadores municipais decidiram apoiar o pleito das servidoras e buscaram diálogo com a Secretaria de Educação. No entanto, segundo os parlamentares, as tentativas de intermediação não tiveram retorno satisfatório.
Diante da ausência de respostas, o presidente da Câmara Municipal, vereador Ber Galter, subiu o tom na sessão ordinária realizada na segunda-feira (07/07). Em discurso na tribuna, criticou a conduta da secretária Luciana Cavalcante, que assumiu a pasta há cerca de 30 dias, por supostamente dificultar o acesso dos representantes legislativos.
Segundo Galter, a secretária teria condicionado o atendimento a agendamento prévio. O parlamentar reagiu afirmando que, como representante do povo, deve ser prontamente atendido e chegou a ameaçar solicitar a exoneração da gestora.
Nota de esclarecimento da Prefeitura
Em resposta, a Diretoria de Comunicação da Prefeitura divulgou nota oficial em defesa da secretária. O texto afirma que Luciana Cavalcante já atuava na área de programas pedagógicos e, desde que assumiu a chefia da pasta, tem se empenhado em compreender a fundo a realidade da rede municipal de ensino e priorizar as demandas mais urgentes.
A nota também esclarece que, logo nos primeiros dias de gestão, a secretária atendeu dois vereadores, embora tenha precisado remarcar um dos encontros devido a compromissos anteriores. Desde então, segundo a assessoria, todos os parlamentares foram recebidos com respeito.
Ainda segundo o comunicado, a demanda relacionada à jornada de trabalho das servidoras está sob análise jurídica, o que impede uma definição imediata. A secretária afirmou que ela e sua equipe tratam o caso com “seriedade e responsabilidade”, buscando uma solução que respeite os princípios legais.
Impasse continua
Enquanto não há definição sobre o tema, as servidoras dos setores afetados seguem na expectativa por uma resposta oficial que contemple as reivindicações da categoria e traga equilíbrio à rotina nas escolas.
Assista a reportagem do RCN Notícias: