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73 municípios de MS estão com alta incidência de casos prováveis para a dengue

Infectologista Júlio Croda diz que durante todo o ano são registrados casos, mas a tendência é de redução

80% dos focos do mosquito são encontrados dentro das casas - Foto: PMCG
80% dos focos do mosquito são encontrados dentro das casas - Foto: PMCG

Nesta quarta-feira (05), a Secretária de Estado de Saúde (SES) publicou a atualização do Boletim Epidemiológico da dengue em Mato Grosso do Sul. De acordo com o levantamento, dos 79 municípios do estado, 73 estão com alta incidência para casos prováveis da doença. Apenas Corguinho, Ribas do Rio Pardo, Terenos, Paranaíba e Tacuru apresentaram média incidência de casos prováveis. A única cidade com baixa incidência é Aparecida do Taboado (88,2). Os cinco municípios com maior incidencia são Brasilândia (12.984), Antônio João (12.638,6), Alcinópolis (7.218,0), Juti (6.571,4) e Bodoquena (5.817,8).

Ainda segundo o boletim, foram registradas 31 mortes por dengue, 7 casos seguem em investigação. A última vítima foi uma mulher de 28 anos, moradora de Douradina. Não foi relatada nenhuma comorbidade. Ela faleceu cinco dias depois do início dos sintomas em abril, no entanto só agora o óbito foi incluído na base de dados. 

No boletim da semana epidemiológica 26, desta quarta-feira, foram confirmados 34 mil casos da doença em Mato Grosso do Sul. Para conferir o boletim completo basta clicar aqui.

Mesmo com o cenário apresentando o quantitavo de municípios com registro de casos, o infectologista da UFMS e Fiocruz, Júlio Croda, explica que a tendência é de redução por conta do período do ano. "Nós temos notificado na última semana epidemiológica –  semana 26 –  285 casos. No ano de 2023, na primeira semana de janeiro nós tivemos 409 casos, ou seja, nós vivemos um momento bem tranquilo no que diz respeito à ocorrência de novos casos de dengue o que é natural no período do ano", disse.

Campo Grande 

No levantamento apresentado nesta quarta pela SES, Campo Grande aparece na 47° posição,  no grupo dos municípios com alta incidência de casos prováveis (1.143,0). Apesar do cenário epidemiológico, nos últimos dois meses, a Capital apresentou queda no número de casos confirmados, a redução ultrapassa os 80%. 

Segundo o boletim epidemiológico divulgado pela Gerência Técnica de Endemias, ligada a Coordenadoria Vigilância Epidemiológica da Secretaria Municipal de Saúde (Sesau), no mês de maio foram notificados 2.605 casos de dengue no município. Em junho, foram 464 notificações, o que representa uma queda de aproximadamente 82%.

Conforme o boletim, durante todo o ano (01 de janeiro a 05 julho), foram notificados 13.391 casos e quatro óbitos por dengue em Campo Grande. No mesmo período, foram notificados 52 casos de Zika e 109 de Chikungunya.

Apesar do resultado positivo, a Secretaria Municipal de Saúde (Sesau) alerta para a importância da manutenção das medidas de prevenção e combate ao mosquito Aedes aegypti.

Segundo a Superintendência de Vigilância em Saúde da Sesau, 80% dos focos do mosquito são encontrados dentro das casas. O maior número de focos é encontrado em pequenos depósitos de água, como garrafas, vasos de plantas, embalagens plásticas, entre outros.