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AGRO É MASSA

95% das lavouras de soja estão em boas condições em MS, aponta Aprosoja

Plantio já atinge 85% da área estimada de 4,8 milhões de hectares; clima no Norte do estado preocupa produtores

Apesar do bom desempenho no campo, o mercado de comercialização segue em ritmo lento (Foto: Reprodução/ Aprosoja-MS)
Apesar do bom desempenho no campo, o mercado de comercialização segue em ritmo lento (Foto: Reprodução/ Aprosoja-MS)

O avanço da safra de soja 2025 em Mato Grosso do Sul segue acelerado e acima do ritmo do ano passado. De acordo com o coordenador técnico da Aprosoja-MS, Gabriel Balta, 95% das lavouras do estado estão em boas condições, número superior aos 92% registrados em 2024 no mesmo período.

Gabriel Balta (Foto: Karina Anunciato)

Em entrevista à Rádio Massa FM, Balta destacou que 85% da área total prevista para o ciclo — cerca de 4,8 milhões de hectares — já foi plantada, um avanço de 6% em relação à safra anterior.

“O produtor da região sul está otimista, mas o produtor da região norte está um pouco apreensivo. As chuvas se inverteram neste ano: o norte enfrenta mais dificuldades climáticas, enquanto o sul apresenta boas condições”, afirmou.

Segundo a Aprosoja, a região Sul do estado, que inclui a Grande Dourados, lidera o ritmo de plantio, com 88% das áreas semeadas, seguida pela região Centro (81%) e pela região Norte (78%).

A expectativa é que as chuvas de dezembro e janeiro definam o comportamento da safra e possam equilibrar as condições nas diferentes regiões. “Se o clima ajudar, teremos uma condição muito mais favorável. O produtor está atento às questões técnicas e busca manter o potencial produtivo das lavouras”, explicou Balta.

Apesar do bom desempenho no campo, o mercado de comercialização segue em ritmo lento. De acordo com o técnico, o produtor está cauteloso por causa da instabilidade climática e dos custos de produção elevados.

“O produtor evita fechar contratos agora porque teme comprometer a produtividade. O cenário de estiagem no ano passado ainda causa apreensão”, afirmou.

A saca de milho tem sido negociada em torno de R$ 50, e a de soja apresenta preços melhores que os do ano anterior, embora os agricultores ainda hesitem em vender.

Mesmo diante dos desafios climáticos e financeiros, Balta diz que o ânimo no campo é positivo. “O produtor sul-mato-grossense é resiliente. Apesar das dificuldades, mantém o foco em produzir e gerar riqueza”.

Acompanhe a entrevista completa: