O ex-governador de Mato Grosso do Sul e atual presidente estadual do PSDB, Reinaldo Azambuja, afirmou nesta terça-feira (7) que ainda é cedo para definir sua possível candidatura ao Senado em 2026. Durante visita à Câmara Municipal de Campo Grande, Azambuja ressaltou que o foco neste momento é acompanhar o processo de reestruturação dos partidos e avaliar as melhores alianças para a próxima eleição.
“Essas candidaturas vão ocorrer o ano que vem. Até lá, muita coisa pode acontecer com a reorganização dos partidos e das forças partidárias”, destacou. Questionado sobre a possibilidade de disputar uma vaga no Senado, Azambuja aifrmou: “Eu ainda não decidi. Já disse para várias pessoas que essa decisão será tomada no ano que vem. Ainda está muito cedo”.
O presidente do PSDB em Mato Grosso do Sul também comentou a possível fusão da sigla com o Podemos e as articulações com o Republicanos, União Brasil e, especialmente, com o PL. Segundo ele, há conversas em andamento com a cúpula nacional do partido liderado por Jair Bolsonaro.
“Temos uma discussão muito avançada com o PL. Desde a eleição do Beto Pereira, conversamos com o presidente Bolsonaro, com o Valdemar [Costa Neto] e com o Rogério Marinho. Eles têm interesse que a gente estruture o PL aqui no Estado com as lideranças que já estão e também com novas adesões”, afirmou.
Azambuja revelou que uma nova rodada de conversa deve ocorrer em Brasília. “Ontem mesmo recebi mais uma ligação do Valdemar pedindo que eu e o Riedel fôssemos até lá. Provavelmente vamos no dia 21 para conversar mais uma vez sobre as eleições”, disse. No entanto, ele ressaltou que o ingresso no PL, se acontecer, será para somar. “A gente não quer entrar para excluir ninguém. Se for, nós vamos para somar.”
Azambuja também reforçou que qualquer decisão será tomada em conjunto com o grupo político do governador Eduardo Riedel (PSDB), ressaltando a importância da representatividade no Senado diante das mudanças provocadas pela reforma tributária. “Quem tem chances reais de somar numa candidatura majoritária para ter representatividade no Senado? Isso vai ser fundamental para o futuro do Mato Grosso do Sul, especialmente com as perdas que o Estado terá com a nova reforma tributária”, argumentou.
Segundo ele, os estados do Centro-Oeste, como Mato Grosso do Sul, Mato Grosso e Goiás, serão os mais prejudicados com a nova divisão do bolo tributário. “O Norte quer criar zonas francas, o Nordeste quer manter os moldes do FPE. E o Centro-Oeste? Precisamos de força política para recompor essas perdas”, alertou.
Azambuja evitou cravar se a federação com o Podemos teria espaço para duas candidaturas ao Senado – a dele e a da senadora Soraya Thronicke (Podemos). “Muito difícil ter dois senadores do mesmo lugar. Você pode ter um candidato de um lado e abrir espaço para o outro. Eu acho muito difícil ter duas candidaturas do mesmo grupo”, afirmou. Ele também mencionou o nome do deputado federal Geraldo Resende, que já se declarou pré-candidato ao Senado.
Questionado sobre a possibilidade de haver três nomes do mesmo grupo disputando a eleição, respondeu: “Possível é, mas não acho o ideal”.
Reunião na Câmara tratou de obras para Campo Grande
Durante a visita à Câmara Municipal, Azambuja se reuniu com o presidente da Casa, vereador Papy (PSDB), e outros parlamentares. O encontro serviu para discutir investimentos do governo estadual na capital sul-mato-grossense.
“O vereador Papy tinha me convidado pra gente falar um pouco de Campo Grande e principalmente o que o governo já fez e o que pode fazer. Conversamos sobre o viaduto da Coca-Cola, a Via Parque, obras no Nova Lima e Itamaracá, e a conclusão do novo acesso às Moreninhas”, disse Azambuja.
Ele destacou que essa última obra foi iniciada durante sua gestão e ainda depende de desapropriações para ser finalizada.
Segundo o ex-governador, o governo de Riedel já assumiu a responsabilidade por concluir a obra. “Tem muita coisa do governo para Campo Grande ainda em execução ou prestes a iniciar”, afirmou.