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Camila Jara fica fora de lista inicial de denunciados da Câmara após tumulto

Camila Jara foi acusada de empurrar Nikolas Ferreira, mas não foi incluída na lista de denunciados. Bruno Spada/Câmara dos Deputado
Camila Jara foi acusada de empurrar Nikolas Ferreira, mas não foi incluída na lista de denunciados. Bruno Spada/Câmara dos Deputado

A primeira lista de denunciados pela Corregedoria da Câmara dos Deputados foi divulgada após o tumulto ocorrido no plenário na última quarta-feira (6). Contudo, não incluiu o nome da deputada Camila Jara (PT-MS). A parlamentar é acusada de empurrar o deputado Nikolas Ferreira (PL-MG) durante a confusão que interrompeu a sessão.

O episódio aconteceu durante uma votação polêmica. Foi marcado por empurrões, xingamentos e troca de acusações entre parlamentares da base do governo e da oposição. Câmeras internas registraram o momento em que Nikolas alega ter sido empurrado por Camila Jara. Isso motivou seus aliados a cobrarem uma resposta imediata da Corregedoria.

Segundo o corregedor Diego Coronel (PSD-BA), a ausência do nome da deputada na lista inicial não significa que o caso será arquivado. Ele explicou que está analisando as imagens e ouvindo testemunhas para determinar se há elementos que justifiquem a abertura de processo contra Camila. “Não é questão de proteger ou punir ninguém sem provas. Vamos agir com base nos fatos e na legalidade”, afirmou Coronel.

Denúncias e Acusações na Câmara dos Deputados

A lista publicada no Diário Oficial da Casa traz 14 parlamentares bolsonaristas denunciados por conduta incompatível com o decoro parlamentar. Todos foram indicados por participarem de atos considerados ofensivos à ordem e ao funcionamento da Casa durante o tumulto. Esses deputados agora responderão a procedimentos internos que podem resultar em advertência, suspensão ou até cassação de mandato, dependendo da gravidade comprovada.

Coronel fixou o prazo de 13 de agosto para decidir sobre a inclusão ou não de Camila Jara no rol de denunciados. Caso ela seja incluída e a investigação aponte quebra de decoro, o processo será encaminhado ao Conselho de Ética. Este conselho é responsável por julgar e definir possíveis punições.

Em declarações à imprensa, Camila Jara não negou a confusão. No entanto, disse que “não houve agressão física” e que sua atuação no plenário foi “em defesa da democracia e contra provocações”. Já Nikolas Ferreira afirma que as imagens são claras. Assim, ele espera punição exemplar.

Impacto e Implicações do Caso

O caso reacende o debate sobre o comportamento parlamentar e os limites da imunidade política. Para especialistas em regimento interno, a decisão da Corregedoria será crucial para sinalizar se a Câmara adotará uma postura mais rígida ou mais tolerante diante de conflitos físicos e verbais entre deputados.