
Um novo tipo do vírus influenza A, o H3N2, foi identificado em Mato Grosso do Sul. A variante, conhecida como subclado K — ou “variante K” — já foi detectada em amostras coletadas em Campo Grande e em outros municípios do Estado.
A identificação consta em alerta epidemiológico divulgado nesta sexta-feira (19) pela Coordenadoria de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (CIEVS/CG), após análise laboratorial de amostras coletadas no município.
O caso confirmado na Capital envolve uma mulher de 73 anos, vacinada contra a influenza, que apresentou sintomas gripais leves, foi atendida em unidade sentinela e evoluiu para cura.
Segundo o levantamento, não há registro de viagem internacional associada ao caso, o que indica circulação local do vírus.
O subclado K é uma variação genética do vírus H3N2, já conhecido por causar surtos sazonais de gripe. Embora tenha sido associado a aumento de casos em países da Europa e da Ásia nos últimos meses, a América do Sul vinha registrando poucos episódios até dezembro. No Brasil, os primeiros registros ocorreram no Pará e, em seguida, em Mato Grosso do Sul.
Além de Campo Grande, amostras positivas para o subclado K também foram identificadas nos municípios de Nioaque e Ponta Porã, a partir de material coletado entre outubro e novembro deste ano. Ao todo, três das sete amostras analisadas no Estado apresentaram a nova variante do vírus.
Sintomas e transmissão
Os sintomas associados ao subclado K são semelhantes aos da gripe comum, incluindo febre, tosse, dor de garganta, coriza, dor de cabeça e calafrios. A transmissão ocorre principalmente pelo contato direto com pessoas infectadas ou por superfícies contaminadas, além da dispersão de aerossóis em ambientes fechados.
O período de incubação varia de um a quatro dias, enquanto a transmissibilidade pode ocorrer desde um dia antes do início dos sintomas até cerca de sete dias depois. Em crianças e pessoas imunocomprometidas, esse período pode ser mais prolongado.
Vacinação segue como principal proteção
Dados preliminares indicam que a vacina contra a influenza mantém proteção contra formas graves da doença, especialmente em crianças, idosos e pessoas com comorbidades.
A orientação é que a população mantenha o esquema vacinal atualizado e procure atendimento de saúde ao apresentar sintomas respiratórios, especialmente se fizer parte de grupos de risco.