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Com esporte e prevenção, Campo Grande aposta na atividade física para combater doenças crônicas

Programas gratuitos, campanhas em escolas e apoio comunitário integram a estratégia da capital contra obesidade, ansiedade e sedentarismo

Programas gratuitos, campanhas em escolas e apoio comunitário integram a estratégia da capital contra obesidade, ansiedade e sedentarismo - Foto: Divulgação/Prefeitura de CG
Programas gratuitos, campanhas em escolas e apoio comunitário integram a estratégia da capital contra obesidade, ansiedade e sedentarismo - Foto: Divulgação/Prefeitura de CG

Um levantamento divulgado neste ano mostra que mais da metade das mortes prematuras registradas em Campo Grande em 2024 tiveram como causa doenças crônicas não transmissíveis (DCNT), como hipertensão, diabetes, obesidade e problemas cardiovasculares.

As condições, que poderiam ser evitadas com mudanças de hábito, estão ligadas principalmente ao sedentarismo, à má alimentação e ao consumo excessivo de álcool e cigarro.

Diante desse cenário, a atividade física tem ganhado espaço como política de prevenção na saúde pública. Programas de incentivo ao esporte, campanhas educativas e ações em centros de saúde e espaços públicos fazem parte da estratégia de enfrentamento das DCNT no município.

Esporte como prevenção

A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda pelo menos 150 minutos de atividade física moderada por semana para reduzir riscos de doenças. Em Campo Grande, dados do Boletim de Exercício Físico e DCNT mostram que a maioria da população adulta apresenta excesso de peso, o que reforça a urgência de iniciativas voltadas ao movimento corporal.

“A atividade física é um fator de proteção que atua tanto na prevenção quanto no controle das doenças crônicas. Também reduz internações e melhora a saúde mental”, explica Rony Wallas Fonseca Froz, gerente técnico do Serviço de Doenças Não Transmissíveis da Secretaria Municipal de Saúde (Sesau).

A médica e nutróloga Larissa Missirian complementa que o movimento diário combinado com alimentação adequada traz impactos diretos na imunidade, metabolismo e até no humor.

“Estamos falando de medidas que melhoram a qualidade do sono, controlam a pressão arterial e reduzem inflamações”, diz.

Um jovem exemplo de transformação

Aos 16 anos, Apholo Pereira dos Santos é um dos nomes em ascensão no atletismo sul-mato-grossense. Morador de Campo Grande, ele é atleta do clube ADAC – Atletas de Cristo e representa a cidade em competições regionais e nacionais. Em junho, deve disputar o Campeonato Brasileiro Sub-18 das Loterias Caixa e os Jogos Escolares Estaduais.

“O esporte me ensinou a ter disciplina e a acreditar em mim. Cada treino é um passo a mais para alcançar meus sonhos”, afirma o jovem, que começou no futebol, mas encontrou no atletismo o verdadeiro propósito.

Apholo com as medalhas ganhas em competições – Foto: Divulgação/Prefeitura de CG

Apholo também é vinculado à Sesau como jovem Mirim e compartilha a rotina esportiva em seu perfil nas redes sociais.

Saúde mental também é prioridade

Além dos benefícios físicos, a prática regular de atividades ajuda a combater problemas emocionais. Em 2024, a ansiedade e a depressão estiveram entre as principais causas de afastamento do trabalho em Campo Grande. Também aumentaram os casos de dores ocupacionais, como a lombalgia.

A prática esportiva atua como ferramenta terapêutica, aliviando sintomas, melhorando o sono e contribuindo para o bem-estar emocional. Por isso, as ações municipais também miram a saúde mental da população.

Ações comunitárias e programas públicos

A Sesau coordena diversas iniciativas voltadas à promoção da saúde por meio do esporte. Entre elas estão campanhas em escolas e comunidades, oficinas, orientações em saúde e ampliação do acesso à atividade física por meio de programas como:

  • Academias ao ar livre
  • Grupos de caminhada
  • Aulas gratuitas em unidades de saúde e centros esportivos

Essas ações têm como objetivo facilitar a inclusão da prática esportiva no cotidiano da população, especialmente entre crianças e adolescentes. A orientação profissional e o respeito aos limites físicos de cada pessoa fazem parte da abordagem adotada.

Um caminho para o futuro

Apholo sonha em cursar Educação Física e seguir carreira como atleta. “Mesmo quando é difícil, eu sei que estou fazendo algo que me fortalece por dentro e por fora”, resume.

*Com informações da Prefeitura de CG