O corpo clínico do Hospital de Câncer Alfredo Abrão (HCAA) anunciou paralisação dos atendimentos na última quarta-feira (22), mas o movimento era previsto desde o mês passado. A classe já havia anunciado greve no dia 18 de janeiro, que acabou sendo adiada por 30 dias para que as reivindicações fossem atendidas, o que não ocorreu.
De acordo com o documento encaminhado à diretoria do hospital, os médicos aguardam a regularização dos pagamentos e contratos dos integrantes do corpo clínico e também dos serviços de patologia e exames de imagem.
Estão sendo mantidos apenas atendimentos de urgência e emergência, cirurgias, internações em UTI e tratamentos nos setores de quimioterapia, radioterapia e hormonioterapia para os atuais pacientes.
O hospital alega um déficit de R$ 770 mil ao mês, já informado às autoridades públicas de saúde. Os médicos anunciaram que só normalizarão os atendimentos quando os recursos forem efetivamente liberados.
O Hospital de Câncer de Campo Grande é uma instituição filantrópica, que atende 99% dos pacientes oriundos do SUS, sendo responsável por 70% dos atendimentos oncológicos de todo o Estado. Só em 2022 foram realizados mais de 180 mil procedimentos como cirurgias, quimio e radio terapias, além de consultas e atendimentos de emergência.