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Custo da cesta básica sobe em Campo Grande e compromete mais da metade do salário mínimo

Pesquisa do Dieese mostra que trabalhador da Capital precisou de quase 115 horas de jornada em junho para garantir os itens essenciais de alimentação

Cesta básica custou R$ 793,02 para os campo-grandenses - Foto: Kleber Clajus/Arquivo
Cesta básica custou R$ 793,02 para os campo-grandenses - Foto: Kleber Clajus/Arquivo

Mesmo com quedas em outras regiões do país, o valor da cesta básica subiu em Campo Grande no mês de junho. De acordo com levantamento do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), o conjunto dos itens alimentares custou R$ 793,02 na Capital sul-mato-grossense, um aumento de 0,46% em relação a maio (quarto maior aumento entre as 17 capitais pesquisadas).

O valor comprometeu 56,48% da renda líquida de um trabalhador que recebe o salário mínimo nacional de R$ 1.518,00. Para adquirir a cesta básica, foi necessário trabalhar 114 horas e 56 minutos no mês passado.

Em comparação a junho de 2024, houve alta de 5,89% no preço da cesta em Campo Grande.

A capital sul-mato-grossense ficou entre as seis onde os custos aumentaram. No mesmo período, cidades como Aracaju (-3,84%), Belém (-2,39%) e Goiânia (-1,90%) apresentaram queda.

Já São Paulo manteve a liderança entre os preços mais altos, com cesta básica custando R$ 882,76.

O levantamento também revelou que, com base na cesta mais cara do país, o salário mínimo ideal para sustentar uma família de quatro pessoas deveria ter sido de R$ 7.416,07 em junho — quase cinco vezes o valor vigente.

Na análise por produtos, o Dieese identificou quedas nos preços de itens como arroz, batata e leite, mas altas expressivas no café em pó e na carne bovina. Em Campo Grande, o açúcar foi o item que mais encareceu no mês, com aumento de 1,75%.

A pesquisa do Dieese é realizada mensalmente em 17 capitais e considera uma cesta com composição de produtos definida para garantir uma alimentação mínima adequada para um adulto ao longo de um mês.