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FAZENDA IPUITÃ EM CAARAPÓ

Deputado denúncia suposto envolvimento de entidade religiosa em invasão de fazenda

Durante o pronunciamento, o parlamentar afirmou que a ação foi planejada e politicamente articulada

Durante a sessão, Coronel Davi apresentou um boleto supostamente usado no pagamento do transporte de indígenas até a região do conflito (Foto: Reprodução/ Assessoria)
Durante a sessão, Coronel Davi apresentou um boleto supostamente usado no pagamento do transporte de indígenas até a região do conflito (Foto: Reprodução/ Assessoria)

O deputado estadual Coronel David, do Partido Liberal, denunciou na Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul, na quarta-feira (29), um suposto esquema de financiamento por trás da invasão e destruição da Fazenda Ipuitã, em Caarapó, ocorrida no último dia 25 de outubro.

Durante o pronunciamento, o parlamentar afirmou que o caso não foi apenas uma ocupação ilegal, mas uma ação planejada e politicamente articulada. Segundo ele, entidades ligadas à Igreja Católica teriam custeado o transporte dos indígenas que participaram da invasão.

“O que foi armado por debaixo dos panos para permitir que a Fazenda Ipuitã sofresse aquele ataque no sábado e que levou à destruição total – a minha tristeza e o meu constrangimento de ver uma entidade ligada à Igreja Católica se ligar a movimentos criminosos em que destroem sonhos da família. E tenho aqui para todos verem, mostrar aqui o documento que comprova o pagamento do transporte dos indígenas que foram lá engrossar a invasão e meter fogo na fazenda, pago pelo CIMI. Mais uma vez essa entidade religiosa, que de religiosa não tem nada, é uma vergonha para nós, ela mais uma vez coloca dinheiro para facilitar uma invasão de terra e agora com destruição”, falou o deputado.

Denúncias e Acusações do Deputado Coronel David

O parlamentar, que preside a Comissão de Segurança Pública e coordena a Frente Parlamentar Invasão Zero, também afirmou que houve uma disputa política na Fundação Nacional dos Povos Indígenas, a Funai, em Dourados.

De acordo com ele, a tentativa de nomear pessoas ligadas a movimentos radicais teria sido o estopim da invasão. Além das denúncias, o deputado apresentou dois requerimentos.

Um deles foi encaminhado à Polícia Federal, pedindo investigação sobre o financiamento da invasão e identificação dos envolvidos.

O outro foi enviado à Secretaria de Justiça e Segurança Pública, solicitando inquérito para apurar crimes como dano ao patrimônio, incêndio criminoso, furto de animais, crimes ambientais e tentativa de homicídio contra policiais militares.

Posicionamento do CIMI e da Funai

Nós entramos em contato com o Conselho Indigenista Missionário (CIMI) para falar sobre a denuncia, mas até o momento não tivemos retorno. O espaço também segue aberto para o posicionamento da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai).