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ENTREVISTA

Em Três Lagoas, Zequinha Barbosa une esporte e saúde na luta contra a poliomielite

Ex-atleta olímpico é embaixador da Meia-Maratona Contra a Poliomielite e reforça importância da vacinação e da disciplina entre jovens atletas

Zequinha Barbosa nos estúdios da Massa FM Três Lagoas - Foto: Portal RCN67
Zequinha Barbosa nos estúdios da Massa FM Três Lagoas - Foto: Portal RCN67

O ex-atleta olímpico e tricampeão pan-americano Zequinha Barbosa está de volta à sua cidade natal, Três Lagoas, para uma missão que une esporte, solidariedade e saúde pública.

Aos 64 anos, ele será o embaixador da 2ª Meia-Maratona Contra a Poliomielite, organizada pelo Rotary Club Costa Leste, que acontece neste domingo, 19 de outubro, e tem como objetivo reforçar a conscientização sobre a importância da vacinação e do combate à poliomielite.

Durante entrevista ao programa Microfone Aberto, da Massa FM Três Lagoas, Zequinha falou com emoção sobre o retorno à terra natal. “Sou nascido e criado aqui. Minhas raízes estão em Três Lagoas e é sempre um prazer voltar. Dessa vez é especial, porque estou como embaixador de uma corrida que combate uma doença que parecia erradicada, mas que infelizmente voltou a preocupar”, destacou.

Atleta, técnico e educador

Vivendo desde 1983 nos Estados Unidos, atualmente em Baltimore (Maryland), Zequinha atua como treinador de alto rendimento e acompanha atletas em preparação para os Jogos Olímpicos de 2028. Ele afirmou que o esporte foi o alicerce de toda a sua trajetória.

“O atletismo é minha vida. Se não fosse por ele, talvez eu nem estivesse aqui. Foi através do esporte que conquistei uma formação acadêmica, conheci o mundo e aprendi valores como disciplina, perseverança e coragem. O esporte dá direção, afasta os jovens das drogas e ensina a ter foco nos objetivos”, afirmou.

Zequinha também recordou o papel decisivo de professores e treinadores na sua formação. “O mais difícil não foi correr na Olimpíada, foi sair de Três Lagoas. Foi aqui que tudo começou”, lembrou.

O desafio da nova geração

Ao falar sobre os jovens atletas, Zequinha destacou o papel da tecnologia como obstáculo à concentração e ao rendimento esportivo. “Essa geração vive muito ligada ao celular. No meu treino, o atleta precisa desligar completamente o aparelho. Não dá para competir em alto nível perdendo o foco. Para alcançar resultados, é preciso sonhar, se dedicar e se desligar das distrações”, alertou.

O ex-atleta também fez questão de valorizar o trabalho de Reinaldo, professor do Estádio da Águia, responsável por formar novos talentos em Três Lagoas, como a jovem promessa Maria Eduarda.

“Quem gosta de atletismo deve procurá-lo. É uma oportunidade de mudar vidas, assim como o esporte mudou a minha”, disse.

Corrida pela vida

Além de promover a prática esportiva, a Meia-Maratona tem como foco a conscientização sobre a vacinação contra a poliomielite. O evento coincide com o Dia Nacional da Vacinação, celebrado em 18 de outubro. Zequinha lembrou que perdeu um amigo vítima da doença e reforçou o valor da prevenção.

“A corrida é uma forma simbólica de lutar contra a poliomielite. Cada passo dado representa a esperança de proteger crianças e manter viva a consciência sobre a importância das vacinas”, destacou.

Zequinha participará também da entrega dos kits da corrida, no shopping de Três Lagoas, na sexta-feira (17), das 18h às 21h, e no sábado (18), das 14h às 18h, onde vai tirar fotos e conversar com o público.

Encerrando a entrevista, ele agradeceu ao Rotary Costa Leste e à população pela acolhida. “É uma honra voltar à minha cidade, rever amigos e contribuir com uma causa tão importante. O esporte é saúde, é vida e é exemplo”, concluiu.

Confira a entrevista na íntegra: