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RISCO

Gambá é encontrado em salão de beleza de Campo Grande e levanta alerta sobre presença de animais silvestres na cidade

PMA alerta que tentativa de contato pode ferir o animal e causar acidentes

Não é indicado tentar pegar, dar comida ou fazer carinho - Reprodução/Agência de Notícias MS
Não é indicado tentar pegar, dar comida ou fazer carinho - Reprodução/Agência de Notícias MS

Por volta das 6h da manhã desta segunda-feira (28), um gambá foi encontrado preso dentro de um balde por uma funcionária de limpeza de um salão de beleza no Centro de Campo Grande. O animal, apesar de não apresentar ferimentos, não conseguia sair do local e a Polícia Militar Ambiental (PMA) foi acionada para realizar o resgate.

O animal foi reintroduzido ao seu habitat natural após o resgate

A PMA alerta que o aparecimento de animais silvestres em áreas urbanas tem aumentado e reforça a importância de não interferir sem orientação. “Nem sempre o procedimento adequado é a captura. Às vezes, o melhor é deixar o animal seguir o próprio caminho”, explica o sargento Wagner da Silva Azevedo, responsável pela ocorrência.

No caso do gambá, a equipe optou pela retirada, já que ele estava preso em um ambiente fechado e movimentado, o que poderia gerar pânico e representar risco ao próprio bicho.

O cabeleireiro Leonardo Martinez, que trabalha no salão, relatou o susto. “A moça da limpeza se assustou tanto que passou mal. Ligamos para os Bombeiros, que orientaram a chamar a PMA. Mandamos a foto do animal e eles vieram buscar. Agora a gente já sabe como funciona”.

Alerta

De janeiro até 30 de junho, a PMA atendeu 1.513 ocorrências envolvendo fauna silvestre na Bacia do Paraguai. Desse total, 277 animais estavam saudáveis e 158 feridos.

Em Campo Grande, foram 559 ocorrências, com 176 animais em boas condições e 131 machucados. As aves lideram os registros, com 59% dos casos, seguidas por mamíferos (24%) e répteis (17%). Em cerca de 20% das situações, não houve necessidade de captura.

A PMA reforça que animais silvestres não podem ser tratados como animais de estimação, portanto não é indicado tentar pegar, dar comida ou fazer carinho, pois além de perigoso, esse tipo de contato pode configurar crime ambiental.

A orientação é evitar deixar comida ou ração em quintais em regiões próximas a matas, córregos ou reservas, onde a presença desses animais é mais comum.

O contato com animais silvestres deve ser comunicado diretamente à PMA, que avalia cada situação e decide o melhor procedimento: resgate, reabilitação ou apenas monitoramento.