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TURISMO

Grupos de pedal ganham espaço e movimentam turismo local em Campo Grande

Pesquisa aponta crescimento da prática como forma de lazer, integração social e fortalecimento da economia criativa

Pesquisa aponta crescimento da prática - Foto: Reprodução/ Fundoesporte
Pesquisa aponta crescimento da prática - Foto: Reprodução/ Fundoesporte

A bicicleta deixou de ser apenas meio de transporte ou ferramenta de lazer em Campo Grande. Grupos de pedal vêm ganhando espaço e já influenciam diretamente o turismo urbano, a movimentação econômica e o uso dos espaços públicos da cidade.

É o que aponta uma pesquisa realizada entre os dias 10 e 21 de julho com lideranças de grupos ciclistas da Capital.

Segundo o levantamento, mais da metade dos participantes são considerados ativos, com presença regular em passeios, eventos e encontros ciclísticos. A maioria dos grupos (85%) mantém programações abertas à comunidade, recebendo inclusive ciclistas de outros municípios.

Isso contribui para a dinamização de comércios locais, feiras, praças e pontos turísticos da Capital Morena.

A pesquisa foi conduzida com 13 grupos de pedal e teve caráter exploratório. Os dados apontam que 42% dos grupos têm entre 8 e 10 anos de existência, e 14% já superaram uma década de atividade, o que sugere que o pedal é um hábito consolidado e não apenas uma tendência pontual.

Lazer sobre duas rodas

Além da prática esportiva, as pedaladas em grupo têm fortalecido um modelo de turismo de proximidade, em que os próprios moradores redescobrem a cidade. Muitos roteiros incluem bairros afastados, vias alternativas e até trilhas menos conhecidas.

O gerente de Turismo, Wantuyr Tartari, afirma que esse movimento revela novas dinâmicas urbanas. “Os grupos de pedal levam as pessoas a conhecer cantinhos de Campo Grande que muitos nem imaginam. É uma forma de criar conexão com a cidade e com o território”, destacou.

Desafios: acessibilidade e inclusão

Apesar da força do movimento, a pesquisa também evidencia limitações. Apenas 0,82% dos ciclistas ativos se identificam como pessoas com deficiência (PcD), e somente 21% dos grupos afirmam contar com algum integrante com deficiência física.

O cenário reforça a necessidade de políticas de acessibilidade que estimulem a inclusão de públicos diversos nas práticas esportivas e turísticas.

Organização e impacto local

O levantamento mostra que 64% dos grupos possuem agenda fixa de atividades, com rotas e horários definidos. Já 36% operam de forma mais espontânea, o que pode refletir informalidade ou foco em passeios mais flexíveis.

A pesquisa completa pode ser consultada clicando aqui

*Com informações da Prefeitura de CG