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ALERTA

Casos de raiva em herbívoros em Minas Gerais acendem alerta em MS

Produtores devem intensificar vacinação e vigilância nas regiões de divisa com Goiás e Minas Gerais

Vacinação do rebanho é obrigatória e deve ser mantida em dia  - Foto: Reprodução/ Seapec
Vacinação do rebanho é obrigatória e deve ser mantida em dia - Foto: Reprodução/ Seapec

A confirmação de dois casos de raiva em herbívoros no município de Carneirinho, em Minas Gerais, levou a Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal (Iagro) a emitir um alerta aos produtores rurais de Mato Grosso do Sul, especialmente nas áreas de fronteira com Goiás e MG.

A doença, que não tem cura e pode causar a morte dos animais em poucos dias, é transmitida por morcegos hematófagos e exige ação imediata para prevenir perdas econômicas e riscos à saúde pública.

Em resposta à situação, uma força-tarefa interestadual foi montada com a participação da Iagro, da Agrodefesa (GO) e do Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA). As equipes estão monitorando abrigos de morcegos e capturando animais suspeitos nas áreas afetadas. O foco principal está nas regiões próximas aos rios Paraná e Aporé e nas propriedades com histórico da doença.

A vacinação do rebanho é obrigatória e deve ser mantida em dia. Bovinos, búfalos, equinos, caprinos e ovinos precisam receber a imunização anualmente. Filhotes devem ser vacinados a partir dos três meses de idade, com reforço após 30 dias. A orientação é reforçada diante do risco de disseminação da raiva em áreas com presença frequente de morcegos transmissores.

A Iagro também reforça a importância da notificação imediata de qualquer suspeita da doença. A notificação deve ser feita pelo telefone oficial: (67) 99961-9205

Os principais sintomas incluem salivação excessiva, dificuldade para caminhar e isolamento dos animais. A presença de morcegos em locais como cavernas ou casas abandonadas deve ser informada às autoridades sanitárias para controle adequado. A agência alerta que os produtores não devem tentar espantar os morcegos, e sim acionar a equipe especializada.

A raiva representa não apenas prejuízos econômicos, mas também uma ameaça à saúde humana. A Iagro mantém ações em campo com orientação técnica, fiscalização e apoio direto aos produtores das regiões de risco.