As exportações de carne bovina in natura, fresca e congelada seguem em alta neste mês. Até a segunda semana de setembro, o Brasil embarcou 137,2 mil toneladas do produto, segundo dados divulgados nesta segunda-feira (15) pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex).
Em setembro do ano passado, o volume total exportado chegou a 251,6 mil toneladas. A expectativa é de que a forte demanda da China continue impulsionando os números neste mês.
Na média diária, os embarques alcançaram 13,7 mil toneladas, um crescimento de 14,6% em relação a setembro de 2024, quando a média foi de 11,9 mil toneladas.
A receita também registrou aumento. Até a segunda semana de setembro, o faturamento somou US$ 771,1 milhões. A média diária chegou a US$ 77,1 milhões, avanço de 42,6% frente ao mesmo período do ano passado, quando foi de US$ 54 milhões.
O preço médio pago pela carne bovina brasileira ficou em US$ 5.617 por tonelada, alta de 24,4% em relação a setembro de 2024, quando a tonelada era negociada a US$ 4.514.
No acumulado de agosto, o Brasil exportou 295,3 mil toneladas de carne bovina, somando produto in natura e processado, segundo o Cepea. A China respondeu por 53,5% desse total, com compras de 158,1 mil toneladas — o mesmo volume recorde registrado em julho.
De acordo com o Cepea, julho e agosto marcaram os maiores volumes mensais já enviados ao país asiático, reforçando sua posição como principal comprador da carne bovina brasileira. O centro de pesquisa, no entanto, alerta: caso a demanda chinesa recue nos próximos meses, estados produtores podem sentir o impacto da concentração das exportações nesse mercado.