A má prestação de serviços pela empresa de saneamento que abastece Paranaíba vem gerando problemas para moradores, especialmente no funcionamento da Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) da cidade. Vazamentos de esgoto têm ocorrido com frequência na Vila Salomé, provocando impactos à saúde da população, como infecções intestinais.
Diante das denúncias, o Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS), por meio da 1ª Promotoria de Justiça de Paranaíba, abriu um inquérito civil para apurar os possíveis danos ambientais e exigir medidas corretivas da concessionária.
Em resposta às reclamações, a empresa informou que iniciou melhorias na cortina de árvores ao redor da ETE e realizou manutenções preventivas. Apesar disso, vistoria da Polícia Militar Ambiental (PMA) constatou forte odor na área da estação e falhas na contenção de gases. Um relatório técnico recomendou, como medidas urgentes, a instalação de tubulações maiores e a reestruturação da cortina arbórea.
A promotora de Justiça Juliana Nonato destacou que o MPMS está acompanhando o caso e cobrando ações efetivas para proteger a saúde e o meio ambiente da população de Paranaíba. “A situação exige medidas imediatas e eficazes por parte da empresa responsável”, afirmou.
Além disso, decisões judiciais anteriores já reconheceram a responsabilidade da empresa pelos danos causados, determinando o pagamento de indenizações a moradores afetados. Os julgamentos apontaram que os odores ultrapassam limites toleráveis, prejudicam o bem-estar da população e violam o direito ao meio ambiente equilibrado.
O MPMS segue monitorando a situação e cobrando a adoção de medidas que garantam qualidade ambiental e segurança para os moradores da cidade.