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SAÚDE PÚBLICA

MP investiga baixa cobertura vacinal entre crianças e adolescentes em Angélica

Município aponta dificuldades logísticas e falta de adesão como causas, e promete ações para ampliar a vacinação

Município está abaixo da meta em imunizações importantes - Foto: Arquivo RCN/67
Município está abaixo da meta em imunizações importantes - Foto: Arquivo RCN/67

O Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS) abriu uma investigação para acompanhar as dificuldades enfrentadas pela Prefeitura de Angélica na área da vacinação, com foco especial no público infantil e juvenil. O procedimento foi instaurado pela 1ª Promotoria de Justiça do município e publicado no Diário Oficial da instituição na última quinta-feira (26).

A decisão foi motivada pelos índices de vacinação considerados baixos em Angélica. Dados recentes mostram que o município está abaixo da meta em imunizações importantes, o que representa um risco à saúde de crianças e adolescentes. Um exemplo é a vacina tríplice viral, que protege contra sarampo, caxumba e rubéola, e que teve apenas 73% de cobertura em sua primeira dose neste ano. A meta nacional é de 95%.

O promotor responsável pelo caso, Anthony Allison Brandão Santos, solicitou à Secretaria Municipal de Saúde (Semsa) informações sobre as principais dificuldades e as ações que estão sendo tomadas para mudar o cenário. Em resposta, a secretaria informou que áreas como a zona rural e o distrito de Ipezal registram os índices mais baixos de vacinação.

Entre os obstáculos apontados pela gestão municipal estão a resistência de pais e responsáveis em permitir visitas domiciliares, a dificuldade de acesso a algumas regiões, falta de transporte e escassez de profissionais qualificados para o atendimento.

Mesmo diante dos desafios, a secretaria afirma que já adotou medidas como a busca ativa por crianças com vacinas atrasadas, manutenção de unidades fixas e móveis, realização de “Dias D” e visitas a escolas para conscientizar a comunidade.

O plano de ação também prevê campanhas contínuas, parcerias com outras áreas como educação e assistência social, e treinamentos para os profissionais que atuam na vacinação. O Ministério Público seguirá acompanhando a execução dessas medidas para garantir que a população infantil e adolescente do município tenha acesso pleno às vacinas.