
O deputado federal Geraldo Resende (PSDB) fez um balanço do ano legislativo e afirmou que 2025 foi marcado por forte atuação voltada à saúde pública, à população vulnerável e ao fortalecimento do Sistema Único de Saúde (SUS). Médico e um dos parlamentares mais produtivos da bancada de Mato Grosso do Sul, ele afirmou ter apresentado mais de 400 proposições ao longo do ano.
Segundo Resende, o foco do mandato foi dar visibilidade a grupos historicamente negligenciados pelas políticas públicas.
“São as pessoas com deficiência, os idosos, as populações mais vulneráveis, como indígenas e ribeirinhos. Nosso objetivo é fortalecer o SUS e melhorar a vida das pessoas”, afirmou em entrevista à Massa FM.
Entre os projetos destacados, o deputado citou propostas voltadas à ampliação do acesso a medicamentos, ao reconhecimento de direitos das pessoas com deficiência e à criação de mecanismos que facilitem o atendimento a idosos. Ele também mencionou projeto que prevê o fornecimento de adrenalina autoinjetável pelo SUS em casos de reação alérgica grave.
Críticas à Saúde em Campo Grande
Ao avaliar o cenário da saúde em Campo Grande, Resende foi crítico. Segundo ele, a crise enfrentada pela rede pública da Capital se arrasta há anos e se agravou recentemente. “Todo dia sou acionado para resolver problemas da saúde. Isso mostra que a situação é grave e exige mudanças estruturais”, disse.
O parlamentar afirmou que a falta de gestão especializada dificulta o enfrentamento do problema e criticou o modelo adotado pelo município. “Nunca vi junta interventora dar certo, principalmente quando não há gente que conheça a complexidade do SUS”, declarou.
Resende também avaliou que a saúde ainda não recebe prioridade nas demandas apresentadas por gestores municipais ao Congresso. “Quando discutimos emendas, a maioria pede asfalto e tapa-buraco. A principal preocupação da população é a saúde, mas isso não se reflete nas escolhas”, afirmou.
Balanço do Mandato e Atuação na Pandemia
No balanço do mandato, o deputado destacou ainda a destinação de recursos para a construção e ampliação de unidades de saúde, Centros de Atenção Psicossocial (Caps), hospitais e estruturas de atendimento a pessoas com deficiência, além de investimentos em municípios do interior e em comunidades indígenas.
Ao relembrar sua atuação como secretário estadual de Saúde durante a pandemia de Covid-19, Resende afirmou que a experiência reforçou a importância de planejamento e gestão técnica. “Mostramos que é possível enfrentar crises graves quando há organização e compromisso com a saúde pública”, disse.
Para o parlamentar, o balanço do ano reforça a necessidade de uma política menos ideológica e mais focada em resultados. “A política só faz sentido quando entrega e melhora a vida das pessoas”, afirmou.