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MEIO AMBIENTE

Monitoramento aponta melhora parcial, mas rios de MS ainda exigem atenção

Comparativo de 2024 e 2025 mostra menos pontos em estiagem, mas afluentes do Paraguai e rios do Paraná seguem com níveis baixos

Comparativo de 2024 e 2025 mostra menos pontos em estiagem - Foto: Divulgação/Governo de MS
Comparativo de 2024 e 2025 mostra menos pontos em estiagem - Foto: Divulgação/Governo de MS

O acompanhamento das cotas fluviais feito pela Sala de Situação dos Rios, sob responsabilidade do Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Imasul), indica que, em setembro de 2025, Mato Grosso do Sul registra um cenário hidrológico menos crítico que no ano anterior.

Apesar da melhora no volume do rio Paraguai, afluentes e rios das bacias do Paraguai e do Paraná ainda apresentam níveis baixos, exigindo atenção para os próximos meses.

Criada em 2014, a Sala de Situação monitora diariamente as condições hidrológicas do estado. O sistema começou com 13 pontos de observação e, em 2023, ganhou um novo ponto de monitoramento, ampliando a cobertura sobre as principais bacias hidrográficas.

Os dados coletados são reunidos em boletins diários que mostram, em tempo real, a oscilação dos níveis dos rios e subsidiam ações de gestão hídrica e prevenção de impactos ambientais e sociais.

Segundo o diretor-presidente do Imasul, André Borges, o trabalho de monitoramento é estratégico para a segurança hídrica. “O monitoramento hidrológico é um instrumento essencial para que possamos planejar ações e tomar decisões de forma responsável. A informação gerada permite ao poder público agir na segurança hídrica e na prevenção de desastres, especialmente em um cenário de mudanças climáticas”, afirma.

O histórico dos últimos anos mostra que, desde 2019, os rios do estado vêm registrando cotas mais baixas para o mês de setembro. O fenômeno está ligado à redução das chuvas, que compromete a recuperação plena das bacias e a recarga subterrânea, essencial para alimentar os rios em períodos de estiagem.

O técnico do Imasul, Leandro Neri Bortoluzzi, avalia que, embora 2025 apresente uma situação menos crítica do que 2024, ainda é preciso cautela. “Temos observado que, desde 2019, tem sido frequente a redução das cotas nos pontos monitorados. Embora este ano a situação esteja menos crítica que em 2024, ainda precisamos de atenção, pois a recuperação depende de chuvas regulares e do equilíbrio do regime hidrológico”, pontua.

Setembro marca o fim do período seco em Mato Grosso do Sul.  Para que 2026 apresente uma situação mais favorável, é fundamental que as chuvas sejam regulares e constantes nos próximos meses.

*Com informações do Governo de MS