O Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS) abriu procedimento para investigar possíveis casos de contaminação por agrotóxicos na comunidade indígena Guarani Kaiowá, da Terra Indígena Guyraroka, em Caarapó, a 273 km de Campo Grande.
A apuração foi instaurada pela 2ª Promotoria de Justiça do município, após denúncias e reportagens que apontaram a pulverização aérea de defensivos agrícolas na região e a presença de resíduos tóxicos nas águas usadas pelos moradores.
O promotor de Justiça Alexandre Estuqui Junior solicitou informações a diferentes órgãos: a Polícia Militar Ambiental (PMA), a Iagro, o Imasul e a Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) deverão verificar se houve irregularidade na aplicação dos produtos, identificar possíveis violações à legislação ambiental e analisar a qualidade da água da nascente do Córrego Ypytã e de outros pontos próximos.
Também foi requisitado à Câmara Municipal de Caarapó que informe se existe legislação específica sobre pulverização aérea no município. Os órgãos notificados têm 15 dias úteis para apresentar relatórios.
O MPMS informou que o caso tem caráter prioritário, por envolver risco à saúde da população e impacto ambiental.