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ECONOMIA

Mato Grosso do Sul cria mais de 16 mil empregos formais em 12 meses, aponta Caged

Comércio lidera geração de vagas e mulheres têm saldo positivo no período

Mercado de trabalho em Mato Grosso do Sul mantém trajetória positiva e acumula mais de 701 mil empregos formais - Foto: Divulgação/Semadesc
Mercado de trabalho em Mato Grosso do Sul mantém trajetória positiva e acumula mais de 701 mil empregos formais - Foto: Divulgação/Semadesc

Mato Grosso do Sul acumulou saldo positivo de 16.368 empregos formais nos últimos 12 meses, entre dezembro de 2024 e novembro de 2025, segundo levantamento divulgado nesta terça-feira (30) pela Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc), com base em dados do Novo Caged, do Ministério do Trabalho e Emprego.

Apesar do saldo negativo de 941 vagas em novembro, o Estado mantém trajetória de crescimento no mercado de trabalho formal, com estoque superior a 701 mil empregos ativos.

De acordo com os dados, o estoque total de empregos formais em Mato Grosso do Sul chegou a 701.179 postos de trabalho em novembro de 2025. No mês, foram registradas 29.173 admissões e 30.114 desligamentos, resultando em saldo negativo de 941 vagas. Ainda assim, a variação do estoque foi discreta, com retração de apenas 0,12.

Na comparação com outubro de 2025, quando o Estado havia registrado saldo positivo de 880 empregos, novembro apresentou queda de 15,78% nas admissões e de 10,80% nos desligamentos, além de redução expressiva no saldo mensal. Em relação a novembro de 2024, os indicadores mostram melhora significativa: embora tenha havido redução no volume de contratações e desligamentos, o saldo de empregos cresceu mais de 300% e o estoque total de vínculos formais avançou 2,39% no período.

A taxa de rotatividade do mercado de trabalho sul-mato-grossense ficou em torno de 33,09% nos últimos 12 meses. Para o secretário da Semadesc, Jaime Verruck, os números indicam um cenário de estabilidade.

“Mato Grosso do Sul possui atualmente a quarta menor taxa de desemprego do país, e a rotatividade observada é característica de um mercado ainda aquecido, impulsionado pela instalação de grandes empreendimentos no Estado”, afirmou.

Segundo Verruck, políticas públicas voltadas à qualificação profissional, como o MS Qualifica, têm papel fundamental para sustentar o crescimento econômico.

“Essas ações ampliam a formação da mão de obra e contribuem para a geração contínua de empregos”, destacou.

Na avaliação do secretário-executivo de Qualificação Profissional e Trabalho da Semadesc, Esaú Aguiar, os dados reforçam a solidez do mercado de trabalho estadual.

“Mesmo com um ajuste pontual em novembro, o saldo de mais de 16 mil empregos nos últimos 12 meses demonstra que a economia segue aquecida, com mais de 701 mil postos ativos, resultado direto dos investimentos do Governo em qualificação e atração de novos negócios”, afirmou.

Entre os setores, o Comércio e reparação de veículos automotores e motocicletas lideraram a geração de empregos em novembro, com saldo positivo de 695 vagas, seguidos pela Construção, com 31 postos. Já Indústria e Agricultura tiveram os piores desempenhos no mês, ambos com saldo negativo de 614 vagas.

Recorte Municipal

Os maiores saldos positivos foram registrados em:

  • Dourados – 189 vagas;
  • Inocência – 172;
  • Campo Grande – 123;
  • São Gabriel do Oeste – 101;
  • Bonito – 67.

Em contrapartida, as perdas foram nos municípios de:

  • Nioaque – 361 vagas a menos;
  • Chapadão do Sul – 173;
  • Sidrolândia – 145;
  • Ribas do Rio Pardo – 141;
  • Naviraí – 121.

Por sexo, o saldo de empregos foi negativo entre os homens, com perda de 1.555 postos, enquanto as mulheres apresentaram saldo positivo de 614 vagas. Quanto ao grau de instrução, trabalhadores com Ensino Médio completo concentraram o melhor desempenho, com saldo positivo de 133 empregos, enquanto os níveis de Ensino Fundamental completo e incompleto registraram as maiores perdas.

*Com informações da Semadesc