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ALERTA

MS proíbe queima controlada por 4 meses devido à seca

Proibição foi definida com apoio do Corpo de Bombeiros e visa reduzir risco de queimadas no período crítico

Não há previsão de mudança no cenário de seca no estado - Foto: Arquivo RCN67
Não há previsão de mudança no cenário de seca no estado - Foto: Arquivo RCN67

O Governo de Mato Grosso do Sul vai suspender a queima controlada em todo o estado entre 1º de agosto e 30 de novembro, como medida preventiva diante do agravamento do tempo seco. A decisão foi reforçada nesta segunda-feira (22), durante a 20ª Reunião Ordinária do Centro Integrado de Coordenação Estadual (CICOE).

Segundo o Climatempo, a massa de ar seco avança sobre o estado e não há previsão de mudanças no cenário de estiagem para os próximos dias, com índices de umidade relativa do ar críticos especialmente na região Norte do estado.

A queima controlada é o uso planejado do fogo, com autorização e acompanhamento técnico, em áreas específicas de atividades agropecuárias ou florestais, com o objetivo de evitar incêndios de grandes proporções e controlar a biomassa acumulada.

Monitoramento e articulação estratégica

Coordenado pela Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc), o CICOE reúne instituições estaduais e federais que atuam diretamente na prevenção e combate a incêndios florestais, como Corpo de Bombeiros, Imasul, PMA, Ibama, Defesa Civil, ICMBio, Cemtec e Famasul.

Durante a reunião, a coordenadora do Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima (Cemtec), Valesca Fernandes, apresentou um panorama climático preocupante: mesmo com a redução de 54,2% nos focos de incêndio em comparação ao mesmo período de 2024, os dados apontam nível de alerta alto para a seca em diversos municípios.

Apesar do cenário de alerta, o balanço parcial do ano mostra avanços expressivos na redução de áreas queimadas. Segundo o Painel do Fogo do Governo Federal, Entre janeiro e junho de 2025, o Pantanal sul-mato-grossense registrou 81 focos de queimadas, uma redução de 77,9% em comparação ao mesmo período de 2024, quando foram contabilizados 367 focos.

Fonte: Painel do Fogo do Governo Federal