A onça-pintada capturada no Pantanal após atacar e matar o caseiro Jorge Ávalo, conhecido como Jorginho, foi transferida na quinta-feira (15) para uma unidade de manejo de fauna silvestre no interior de São Paulo.
O animal, um macho de aproximadamente nove anos, estava sob os cuidados do Centro de Reabilitação de Animais Silvestres (CRAS), em Campo Grande, desde o dia 24 de abril — data em que foi localizado próximo ao encontro dos rios Miranda e Aquidauana, nas proximidades do pesqueiro Touro Morto.
No momento da captura, a onça apresentava sinais de desnutrição e desidratação, pesando 94 kg — bem abaixo dos 120 kg esperados para a espécie. Durante as três semanas de acompanhamento, ganhou 13 kg, passou por exames clínicos e recebeu tratamento nutricional e medicamentoso.
Deixou o CRAS com 107 kg, clinicamente estável, mas sem condições de ser reintroduzida ao habitat natural.
A transferência foi feita para o Instituto Ampara Animal, no município de Amparo (SP), que abriga felinos silvestres que não podem mais retornar à vida livre, especialmente em casos que envolvem interação agressiva com humanos.
O local não permite visitação pública e mantém os animais em recintos amplos e cercados, com vegetação nativa.
A captura contou com apoio da Polícia Militar Ambiental, UFMS, ICMBio, Imasul e do pesquisador Gediendson Araújo, especialista em grandes carnívoros. Embora a onça não apresentasse doenças graves, o histórico de ataque inviabilizou qualquer plano de soltura.
*Com informações do Governo de MS
