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NOVA MODALIDE DE PIX

Pix Automático: Economista explica impacto nos pagamentos

Pix Automático promete facilitar pagamentos recorrentes no Brasil, explica o economista Eduardo Matos em entrevista.

Eduardo Matos nos estúdios da Massa FM Campo Grande - Foto: Fernando de Carvalho/Portal RCN67
Eduardo Matos nos estúdios da Massa FM Campo Grande - Foto: Fernando de Carvalho/Portal RCN67

Uma nova modalidade de pagamento começou a operar no Brasil nesta semana: o Pix Automático. Segundo o Banco Central, a expectativa é beneficiar cerca de 60 milhões de brasileiros que não têm acesso a cartão de crédito. Para explicar como essa ferramenta vai impactar o cotidiano das pessoas, o economista Eduardo Matos concedeu entrevista ao programa Microfone Aberto da Rádio Massa FM.

Durante a conversa, Matos comparou o Pix Automático ao tradicional débito automático. Ele destacou que serviços como academia, escolas, internet e até contas de água e luz poderão ser pagos com a nova funcionalidade.

“O Pix Automático integraliza a função de débito automático, que antes acontecia por boleto ou cartão de crédito”, afirmou.

O Impacto do Pix Automático no Sistema Financeiro

O impacto da novidade no sistema financeiro nacional também foi avaliado por Eduardo. “Essa funcionalidade prova, de uma vez por todas, que o Pix é uma ferramenta muito útil. Ela consolida o Pix como peça fundamental no sistema financeiro, que é um dos mais modernos do mundo”, pontuou.

Além de praticidade, o Pix Automático deve reduzir custos tanto para empresas quanto para consumidores. Muitas companhias que ofereciam desconto para quem utilizava débito automático também poderão estender o benefício para o Pix, segundo o economista.

“O diferencial é que, para as empresas, o Pix Automático não terá custos de operação. Isso pode significar ainda mais economia para o consumidor”, destacou.

O economista também acredita que o Pix Automático deve conquistar uma fatia considerável do mercado hoje dominado pelos boletos bancários. Embora não preveja a extinção completa dos boletos, ele considera provável uma migração gradual.

“Empresas ainda utilizarão boletos por questões contábeis, mas o Pix deve avançar bastante nesse espaço”, avaliou.

Segurança e Flexibilidade do Pix Automático

Sobre segurança, Eduardo Matos alertou para os cuidados necessários. Dois mecanismos de proteção foram incorporados à nova modalidade. O primeiro exige que a empresa credora tenha, no mínimo, seis meses de existência antes de oferecer o serviço. O segundo determina que o cliente deve solicitar o Pix Automático diretamente à empresa, evitando ações de fraude.

Ao ser questionado sobre os riscos de golpes, o economista explicou:

“Os golpistas estão sempre atentos, mas esses mecanismos ajudam a reduzir fraudes. Ainda assim, o consumidor deve ficar vigilante e desconfiar de abordagens inesperadas”.

Outro diferencial do Pix Automático é a flexibilidade para realizar cobranças até mesmo em finais de semana e feriados. Essa possibilidade amplia a comodidade para os usuários e otimiza os processos de pagamento, sobretudo para serviços recorrentes.

Na comparação com o Pix agendado recorrente, Eduardo destacou semelhanças, mas apontou vantagens extras da nova ferramenta. Entre elas, está a possibilidade de uso do limite do cheque especial em caso de saldo insuficiente.

“O funcionamento é muito parecido, mas com mais flexibilidade e controle para o consumidor”, explicou.

Ao final da entrevista, o economista reforçou que o Pix Automático é mais um passo na modernização do sistema bancário nacional. “Estamos caminhando para um cenário de menos burocracia, mais economia e inclusão financeira”, concluiu.