
A retomada dos serviços de tapa-buraco, que estavam suspensos nos últimos dias em decorrência da falta de repasse de recursos pela Prefeitura às empresas, foi pauta em reunião de vereadores com a secretária de municipal de Fazenda, em Campo Grande, nesta terça-feira (18).
Requerimento aprovado em Plenário foi atendido hoje. Márcia Hokama, secretária municipal de Fazenda, anunciou após a reunião de quase duas horas, que os serviços de tapa-buraco voltem a ser executados a partir de amanhã (19). Com o pagamento parcial das empresas responsáveis.
Providências já haviam sido cobradas da Secretaria Municipal de Infraestrutura, que justificou a falta de recursos. A secretária compareceu à Câmara atendendo a requerimento aprovado em Plenário no dia 6 deste mês, que solicitava esclarecimentos sobre recursos destinados à manutenção das ruas.
O presidente da Câmara, vereador Epaminondas Neto (Papy), afirmou que o serviço de tapa-buraco deve recomeçar. Ele criticou a falta de prioridade na gestão.
“O serviço de tapa-buraco vai recomeçar de forma intensa, justamente pelo enfrentamento que a Câmara propõe, de trazer à tona esse debate e pressionar o Executivo Municipal para ter uma decisão rápida e ir para a solução do problema”, afirmou o vereador Epaminondas Neto, o Papy.
Ao fim da reunião, a secretária disse ter recebido uma ligação da prefeita Adriane Lopes informando a expectativa de que os pagamentos às empresas sejam feitos até amanhã.
“Todas as empresas estão contempladas. Não vai estar totalmente em dia, mas a gente vai começar agora a fazer os pagamentos”, afirmou Márcia Hokama.
EXPLICAÇÕES
A reunião começou com questionamentos sobre a suspensão dos serviços e os impactos para a população. Ao responder, a secretária informou que a arrecadação do Município alcançou R$ 5,2 bilhões e deve fechar o ano abaixo dos R$ 6,8 bilhões previstos no Orçamento, e justificou medidas de contingenciamento.
Além do tapa-buraco, vereadores questionaram a redução do desconto do IPTU para pagamento à vista, de 20% para 10%, gastos com pessoal e ações para equilíbrio das contas. Ela explicou que cerca de 55% da receita está comprometida com pessoal, principalmente servidores da educação e da saúde, e citou a queda no ICMS como um dos fatores que impactaram a arrecadação municipal.