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NOVO SALÁRIO MÍNIMO

Salário mínimo 2026 será de R$ 1.621 a partir de janeiro

Salário mínimo 2026 será de R$ 1.621 em janeiro, com reajuste de 6,79% calculado pela nova regra. Veja os detalhes!

Carteira de Trabalho e Previdência Social apoiada sobre cédulas de real
Carteira de Trabalho simboliza o reajuste do salário mínimo para R$ 1.621 a partir de janeiro de 2026. Foto: Marcello Casal Jr | Agência Brasil

O governo federal confirmou que o salário mínimo passará de R$ 1.518 para R$ 1.621 a partir de janeiro de 2026, com reflexo direto na folha de pagamento de fevereiro. Com isso, o piso nacional terá um aumento de R$ 103. Isso representa reajuste de 6,79% em relação ao valor em vigor neste ano. A definição foi anunciada após a atualização oficial dos índices que compõem a regra de correção anual do mínimo.

Reajuste considera inflação e crescimento do PIB

Pelas regras atuais, o salário mínimo é corrigido com base em dois componentes: a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) acumulado em 12 meses até novembro do ano anterior e o crescimento da economia registrado dois anos antes. No ciclo que define o valor de 2026, o INPC acumulado chegou a 4,18%, após registrar variação de 0,03% em outubro.

Além disso, entra na conta o resultado revisado do Produto Interno Bruto (PIB) de 2024. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) confirmou expansão de 3,4% naquele ano. Este dado serve de referência para calcular a parcela de ganho real do salário mínimo. Assim, o reajuste final combina a recomposição da inflação com parte do crescimento econômico. Esta ação segue a política de valorização retomada pelo governo.

Limites do arcabouço fiscal definem ganho real

Embora o PIB de 2024 tenha avançado 3,4%, o ganho acima da inflação não pode ser incorporado de forma integral ao piso salarial. O novo arcabouço fiscal, que disciplina a trajetória dos gastos públicos, estabelece que o aumento real do salário mínimo deve ficar dentro de uma faixa de 0,6% a 2,5%. Dessa forma, o reajuste é calculado de modo a respeitar o intervalo determinado pela legislação que regula as contas federais.

De acordo com os números fechados, o valor de referência para 2026 seria de R$ 1.620,99. Em seguida, aplica-se o arredondamento previsto em lei, que eleva o piso para R$ 1.621. O resultado final mantém o reajuste total em 6,79%, combinando reposição inflacionária e ganho real. Esta fórmula ainda se mostra compatível com as travas impostas pela política fiscal em vigor.

Projeções do orçamento terão de ser revistas

A confirmação do novo salário mínimo obriga o governo a revisar as projeções das contas públicas para o próximo ano. O Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2026, aprovado pelo Congresso Nacional, trabalhava com estimativa de piso de R$ 1.627. Isso representaria reajuste de 7,18%. Agora, será necessário recalcular despesas que são indexadas ao mínimo. Isso inclui benefícios previdenciários e assistenciais, considerando o valor efetivamente confirmado.

Essa diferença entre o número previsto e o valor final impacta diretamente a programação orçamentária. Ao mesmo tempo, o novo piso define a base de remuneração de milhões de trabalhadores formais e de beneficiários de políticas sociais. Este novo valor consolida o salário mínimo de R$ 1.621 como referência central para a economia brasileira em 2026.