
A segurança do trabalho deixou de ser apenas uma exigência legal e passou a ser um pilar estratégico de produtividade dentro das empresas. A análise é de Hermínio Afonso Ferreira, coordenador de segurança do trabalho das regionais de Mato Grosso do Sul, Mato Grosso e Goiás da C.Vale, que participou nesta segunda-feira (3) do quadro Fábrica de Talentos, no programa Microfone Aberto, da Massa FM Campo Grande.
Segundo Hermínio, o avanço da tecnologia transformou a forma como as organizações tratam o tema, tornando-o essencial para a eficiência das equipes e a prevenção de acidentes.
“Segurança do trabalho não é só obrigação moral ou legal. É algo que traz produtividade. Uma pessoa bem treinada, que entende o funcionamento de uma máquina moderna, entrega mais resultado e com menos risco”, destacou.
De acordo com ele, empresas que atuam de forma preventiva conseguem alcançar melhores indicadores e maior rentabilidade. “Hoje, trabalhamos com indicadores proativos, ou seja, que medem ações de prevenção e não apenas acidentes. Ambiente seguro é produtividade segura”, reforçou.
Hermínio também relacionou o tema à agenda ESG (ambiental, social e governança), ressaltando que a sustentabilidade e a valorização de pessoas são partes indissociáveis de uma boa gestão.
“O empresário que não enxerga a sustentabilidade, que envolve pessoas, processos, produtos e patrimônio, está ficando para trás. Esses são os quatro pilares que sustentam qualquer organização moderna”, explicou.
O coordenador ainda destacou o papel dos jovens profissionais na consolidação dessa cultura dentro do agronegócio. Segundo ele, os novos talentos chegam ao mercado mais preparados e engajados com as práticas de segurança.
“Temos jovens de 18, 19 anos assumindo cargos de liderança. A C.Vale investe em programas trainee que preparam tanto novos talentos quanto profissionais mais experientes. O importante é que todos entendam a cultura da empresa e saibam o valor de trabalhar com segurança”, afirmou.
Para Hermínio, o maior desafio das empresas é formar profissionais com senso de pertencimento e consciência coletiva. A cooperativa aposta em processos de integração e capacitação contínua para fortalecer essa mentalidade.
“Mostramos o valor da camisa desde o primeiro dia. Integração é o momento de apresentar os princípios da empresa, o propósito de cada um e onde queremos chegar”, pontuou.
Ao encerrar a entrevista, o coordenador reforçou que a segurança precisa ser tratada como um valor humano, e não apenas técnico.
“Segurança salva vidas. Não é um peso, é um cuidado. A gente trabalha, mas tem que voltar pra casa. Esse é o lema que levamos todos os dias”, concluiu.
Confira a entrevista na íntegra: