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ECONOMIA

Setor têxtil de Mato Grosso do Sul avança com apoio da Rota Bioceânica

Investimentos em qualificação profissional e melhorias logísticas ampliam mão de obra no setor

- Reprodução/Agência de Notícias MS
- Reprodução/Agência de Notícias MS

O setor têxtil de Mato Grosso do Sul apresenta perspectiva de crescimento, impulsionado por investimentos que fortalecem a economia regional e geram empregos formais, sendo a Rota Bioceânica principal fator estatégico da ampliação de mercados e redução de custos logísticos.

Segundo dados do Panorama Geral da Indústria da Confecção de 2024, o estado conta com 225 empresas ativas, que geram 3.118 empregos formais, com salário médio de R$ 1.680. Campo Grande concentra 52,5% dos postos de trabalho, sendo as empresas de médio porte as maiores empregadoras, com 1.487 vagas, seguidas pelas pequenas, micro e grandes.

A presidente do Sindvest (Sindicato das Indústrias de Fiação e Tecelagem de MS), Idalina Zanolli, avalia que a Rota Bioceânica pode atrair investimentos e ampliar a competitividade do setor, inclusive para exportação. “A rota é uma chance concreta de reduzir custos logísticos, ampliar mercados e atrair novos investimentos, com potencial para tornar nossos produtos mais competitivos, tanto para o mercado interno quanto para exportação. Empresas que hoje não exportam poderão começar a fazê-lo”, afirmou.

O avanço do setor é evidenciado pela abertura de nova fábrica em Naviraí, cidade que volta a receber investimentos na área têxtil após anos sem atuação expressiva. A Nilcatex, empresa que produz camisetas, jaquetas e outros itens, planeja gerar inicialmente 40 empregos diretos, com meta de atingir 115 postos, mediante ampliação da unidade.

A empresa firmou parceria com a prefeitura local, Senai e Funtrab para oferecer curso de formação de costureiras, visando superar a escassez de mão de obra qualificada, apontada como principal desafio para expansão, estratégia que pode ser usada futuramente por outras empresas para ampliar o acesso ao mercado formal de trabalho, fortalecendo o desenvolvimento econômico regional.

Em Campo Grande, a Kibela, fabricante de moda praia, fitness e ballet, com atuação em Mato Grosso do Sul e Mato Grosso, também destaca a falta de profissionais capacitados como principal desafio para o setor.

O governo estadual, por meio do programa MS Qualifica, oferece cursos gratuitos de qualificação profissional, como o curso de Costura Sob Medida, que inicia em agosto, com 60 vagas e aulas presenciais na carreta-escola do Senai, no CRAS Jardim Vida Nova, em Campo Grande.

*Com informações e fotos da Agência de Notícias de Mato Grosso do Sul