Reunião na noite de ontem no Sindicato dos Médicos sinalizou que a prefeita Adriane Lopes e o titular da Sesau, Sandro Benitez, não terão vida fácil na proposta de reduzir o número de pediatras nos postos e demais unidades de saúde na Capital.
A unanimidade que se formou contra a redução das escalas de plantão, de 12 para 6 horas, reúne hoje a Câmara Municipal, parte considerável dos membros do Conselho Municipal de Saúde, o Sinmed, a população e os próprios médicos plantonistas.
Chama a atenção o fato de o secretário Sandro Benitez continuar no cargo, mesmo provocando sérios e talvez irrecuperáveis prejuízos políticos à prefeita Adriane Lopes, que inclusive já anunciou mudança de partido com a pré-disposição de tentar a reeleição no ano que vem.
Enquanto o titular da Sesau insiste em reduzir a oferta de serviços pediátricos à população, iniciativa à qual deu no nome de “readequação”, o caos na Saúde segue firme em Campo Grande, sem que os gestores dêem o menor indício de que possuem capacidade técnica para encontrar soluções.
Com as finanças combalidas e um rombo milionário nas contas públicas que obrigatoriamente tem de ser saneado, a prefeita Adriane Lopes opta por tratar como gastos os investimentos em Saúde – daí a decisão de reduzir custos e também os serviços ofertados.
Trata-se de alternativa extremamente temerária, tanto no aspecto político quanto no administrativo, já que ela cria para si a possibilidade cada vez maior de responder na Justiça por improbidade administrativa.
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